segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Mercado de cartões movimenta R$ 384 bilhões no 1º semestre

·         Valor transacionado cresce 17% em relação ao 1º semestre de 2012
·         Quantidade de transações com cartões chega a 4,3 bilhões no período

Levantamento estatístico da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) mostra que as compras com cartões de crédito e débito movimentaram R$ 384 bilhões no primeiro semestre do ano, crescimento de 17% em relação ao mesmo período de 2012. Os cartões de crédito registraram R$ 249 bilhões (alta de 14,7%), e os cartões de débito, R$ 135 bilhões (alta de 21,6%).

O estudo também traça a evolução do setor de 2008 até os primeiros seis meses de 2013, período em que o faturamento dos cartões cresceu, em média, 21,3% ao ano – cartão de crédito: 20% e cartão de débito: 23%. No mesmo período, o consumo das famílias, de acordo com o IBGE, cresceu em média 11,2% ao ano, e as receitas nominais do comércio varejista, 10% ao ano.

O avanço dos cartões nos últimos anos está associado à contínua substituição de meios de pagamento por parte dos consumidores. Segundo o estudo, as transações com cheque caíram 49% entre 2008 e o primeiro semestre de 2013. Por outro lado, as transações com cartões de crédito subiram 96%, e as com cartões de débito, 128%. O primeiro semestre de 2013 registrou, no total, 4,3 bilhões de transações – 2,1 bilhões com crédito e 2,2 bilhões com débito.

Outro fator que tem contribuído para o crescimento do setor é a expansão da rede de aceitação, incluindo o acesso de novos nichos de comércio e serviço ao sistema de cartões. A quantidade de terminais de captura (máquinas de cartão) chegou a 4,2 milhões de unidades no primeiro semestre de 2013, aumento de 70% em relação à registrada no final de 2007. O faturamento médio por terminal é atualmente de R$ 15,3 mil por mês.

Parcelado X À vista

O volume financeiro movimentado em compras parceladas com cartão de crédito representou 50,9% do total, índice pouco maior que o das transações à vista, responsáveis por 49,1%. Em quantidade de transações, a proporção foi de 19% para compras parceladas e 81% para compras à vista.

As compras a prazo têm ganhado espaço a cada ano. No primeiro trimestre de 2006, elas respondiam por 16,9% do total de transações com cartões de crédito. Hoje, tem tíquete médio quatro vezes maior do que o das compras à vista, indicando que o parcelado agrega vendas de maior valor para o varejo, embora respondam por um quinto das transações.

Vale lembrar que a carteira de crédito dos cartões no Brasil já corresponde à quarta maior em volume de recursos, conforme dados do Banco Central de agosto de 2013.
Gastos no exterior

Os gastos de brasileiros no exterior feitos com cartão de crédito também contribuíram para o crescimento do setor, movimentando R$ 13 bilhões no primeiro semestre, o que representa um aumento de 13% ante o mesmo período de 2012. Já o valor gasto por estrangeiros no Brasil foi de R$ 5,4 bilhões, aumento de 12,5%.

No acumulado entre 2006 e 2013, o valor das transações realizadas em outros países teve aumento de 136,4%, reflexo do aumento do poder aquisitivo do brasileiro, que passou a viajar mais ao exterior. Apesar disso, nos últimos anos houve desaceleração do crescimento dos gastos no exterior. Por outro lado, os gastos de estrangeiros no País cresceram 116% no mesmo período.

Taxa de desconto

O levantamento da Abecs revela ainda redução da taxa de desconto, que é cobrada dos estabelecimentos comerciais, de 2,96% para 2,77%, de 2009 até o primeiro semestre de 2013, nas transações com cartões de crédito. No caso de cartões de débito, houve leve redução de 1,60% para 1,56% no mesmo período.

Inadimplência


Segundo o estudo, houve redução da inadimplência dos cartões de crédito nos seis primeiros meses do ano. O índice caiu de 7,5%, no fim do primeiro trimestre, para 7,3%, em junho. No último ano, de junho de 2012 a junho de 2013, o índice reduziu de 8,7% para 7,3%. O estudo mostra também que houve alinhamento dos índices de inadimplência do cartão de crédito e do crédito à pessoa física, que registrou 7,2% em junho. 

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