Indicador Ipea
por Faixa de Renda divulgado nesta terça-feira, 11, apontou que o
resultado foi puxado pela queda nos preços dos alimentos no domicílio
A inflação de
agosto para as famílias de renda mais baixa caiu 0,12%, uma retração
duas vezes maior que a registrada entre as famílias de renda alta
(-0,06%). É o que mostra o Indicador Ipea de Inflação por Faixa
de Renda referente a agosto, divulgado nesta terça-feira, dia 11, pelo
Grupo de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O alívio
inflacionário dos mais pobres no mês passado ocorreu, sobretudo, graças à
queda dos preços de alimentos no domicílio, principalmente de itens
mais importantes na cesta de consumo desse segmento, como tubérculos
(-9,7%), carnes (-1,5%), leites e derivados (-1,3%) e aves e ovos
(-1,3%). As famílias de renda mais baixa também se favoreceram da queda
no preço do gás de botijão (-1%).
Já as famílias de
renda mais alta se beneficiaram em menor escala da queda dos preços dos
alimentos. Itens que pesam mais nas contas dessa parcela da população
tiveram aumento, como as tarifas de gás encanado (1,2%),
planos de saúde (0,8%) e cursos diversos (0,5%). Outros produtos que
têm impacto maior na inflação dos mais ricos registraram deflação, como a
gasolina (-1,5%) e as passagens aéreas (-26,1%).
Na perspectiva
dos últimos 12 meses, a inflação acumulada pelas famílias de menor poder
aquisitivo acelerou. Ela passou de 3,45% em julho para 3,55% em agosto.
Em todos os níveis de renda houve deflação no mês passado.
A deflação registrada entre as famílias mais pobres foi menor que a
observada no mesmo mês de 2017 (-0,22%). No caso das famílias de renda
alta, ocorreu o inverso: a inflação de agosto de 2017 (0,53%) foi maior
que a apontada em agosto de 2018.
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