Construtora Bambuí dá dicas para quem vai financiar a compra de um
apartamento em construção
A compra de um imóvel é repleta de expectativas e planos
futuros. No entanto, além de olhar se o produto atende o desejado no
médio/longo prazo, o comprador precisa estar preparado para o financiamento –
tanto para consegui-lo quanto para pagá-lo. Em 2014, os
financiamentos imobiliários com recursos da poupança
viabilizaram a compra e construção de 538,3 mil unidades, um crescimento
deapenas 1,6% na comparação com 2013. E, embora tenha aumentado o
percentual
financiado dos imóveis - de 64,9% para 65,4% de 2013 para 2014, na
maioria dos
bancos, o limite máximo permitido para financiamento é de até 80% do
valor -
mas há um movimento no sentido de reduzir este percentual para a faixa
dos 60%.
Por isso, segundo
o Diretor Técnico e Comercial do Grupo Bambuí (construtora, incorporadora e
imobiliária), Humberto
Furlanetto, hoje os bancos estão mais criteriosos e mais
restritivos em relação aos financiamentos. “Se o cliente consegue quitar de 35%
a 40% do valor do imóvel até as chaves, ele provavelmente conseguirá financiar
o restante sem problemas. Sem contar, que isso também é uma garantia que ele
terá condições de pagar as parcelas do financiamento – mesmo em eventuais
momentos de dificuldades”, afirma.
Veja outras dicas do executivo do
Grupo Bambuí:
Por que uma obra com agente
financiador (banco) é uma segurança para o cliente?
A obra financiada é uma segurança
muito boa para o cliente porque a liberação do recurso fica condicionada
aovolume de vendas (número de unidades vendidas) que a construtora vai
reportando
ao banco e a evolução física da obra. Ou seja, uma obra financiada é
garantia
de fluxo de caixa para a construção do empreendimento. “Por exemplo,
suponhamos
que uma obra custe R$ 100 milhões e o agente financiador vai repassar
este
dinheiro em 10 meses para a construtora. Por segurança, o banco irá
passar 80%
do valor mensalmente e os outros 20% é feita uma poupança com dinheiro
das
vendas daquele empreendimento”, explica Humberto Furlanetto.
O que é o desligamento da obra pelo
banco? O
desligamento é quando o cliente para de pagar as parcelas do seu imóvel para a
construtora e começa a pagar diretamente para o banco. Neste momento, ele
assume uma parte da dívida original da construtora junto ao agente financiador,
ou seja, ocorre a contratação do financiamento. “Como funciona: o cliente
assina um compromisso com o banco se comprometendo a dar o imóvel em garantia
pelo valor que o banco vai passar para a construtora. Isso normalmente ocorre
quando o empreendimento chega a 80% do cronograma, ou seja, a estrutura já está
finalizada e está na fase final de acabamento”, afirma o executivo da Bambuí.
Por
exemplo: o cliente tem um saldo devedor de R$ 200mil para quitar o imóvel com a
construtora, ao conseguir o financiamento ele irá alienar o apartamento a favor
do banco e, daí em diante, pagará as prestações mensais em longo prazo para o
banco.
Mas vale a pena mesmo a taxa sendo
um pouco maior? Segundo
Humberto Furlanetto, pode parecer um pouco estranho em
um primeiro momento, já que o cliente sai de um INCC (Índice Nacional de Custo da
Construção) junto a
construtora para assumir uma taxa um pouco mais alta. Em contra partida, ele também
não sofre com possíveis oscilações, além de passar a ter um seguro de
negociação. Outro ponto importante é que o processo de financiamento não é uma
coisa tão rápida de ser feita.
“Quando
o
imóvel é entregue, caso o cliente ainda não tenha conseguido o
financiamento,
ele passa a pagar IGMP+1. Ou seja, só ‘+1’ dá 12,5% ao ano porque é
acumulativo. Como a taxa do banco é em torno de 10%, talvez seja mais
interessante
para o cliente conseguir o financiamento mais cedo, assumindo durante
uns 6meses uma taxa um pouco mais elevada, e ter a certeza que vai fugir
de uma
período de 3 a 4 meses de uma taxa bem maior junto a construtora”,
pondera.
Faço com o agente financiador da
obra ou tento com outros bancos o financiamento? O importante é olhar sempre as
taxas dos bancos – Custo Efetivo Total – CET e não olhar apenas taxa de juros
nominal. Apesar da taxa ser praticamente uma commodity hoje, vale a pena negociar, já que para o banco é um investimento
em um cliente potencial também para outros serviços.
Como garantir que vou conseguir o
financiamento? O
banco vai avaliar o seu fluxo de entradas e saídas, o quanto entra
efetivamente
e o quanto o cliente gasta. Segundo o executivo do Grupo Bambuí, o
primeiropasso é fazer um planejamento financeiro. “Reduzir as despesas,
caracterizar
bem as entradas para mostrar que há renda. E não adianta ter uma grande
entrada
isolada, o banco vai avaliar a constância das entradas. Sugerimos aos
nossos
clientes que façam uma simulação sobre o saldo devedor para ter ideia se
o
financiamento será aprovado ou não, e até quantos por cento. Hoje é
possível
fazer isso online no site de muitos bancos ou mesmo pedir para o gerente
do seu
banco, mesmo ele não sendo o financiador da obra, para que faça esta
avaliação.
Com isso, é possível já ter uma ideia de quanto poderá ser financiado e o
valor
das parcelas iniciais”, afirma.
Mas quanto tempo dura a aprovação do
financiamento? A
aprovação do crédito tem validade de aproximadamente 120 dias. Por isso, é
importante refazer a simulação a cada 6 meses ou, pelo menos, 1 vez por ano para
ver como está a aprovação. Quando estiver mais próximo do desligamento, refazer
para saber de quanto será a taxa, tendo uma perspectiva mais real dos valores.
Quais os documentos a
construtora precisa fornecer para o cliente dar entrada no pedido de financiamento?
Depois de feita a
avaliação do comprador, a construtora precisa fornecer algumas documentações do
imóvel, como: Certidão de Inteiro Teor da Matrícula e Certidão
Negativa de Ônus, Contrato Social, Certidão
Conjunta emitida pela SRF/PGFN, CRF – Certidão de regularidade do recolhimento
do FGTS em nome da empresa, Certidão Negativa dos Distribuidores Forenses
referente a “Ações Cíveis”, Certidão Negativa da Justiça Federal, Certidão
simplificada da Junta Comercial, Certidão Negativa de Impostos e Taxas
Municipais, Imposto sobre a Propriedade Territorial e Urbana, e Declaração de
Não-Existência de Débitos Condominiais.
O
cliente corre algum risco se não conseguir pagar pelo menos 30% do imóvel até a
época do financiamento? “Hoje muitas construtoras pedem pelo menos 30% do valor total do imóvel
até as chaves. Se o cliente não paga isso, a chance dele conseguir este
financiamento é reduzida. Por exemplo, se ele pagou apenas 20% do imóvel até as
chaves, terá que financiar 80% - e pode ser que não consiga o valor total. E se
conseguir o financiamento total, terá parcelas muito altas pela frente, ou
seja, uma parcela muito maior do que ele pagava para construtora mês a mês. O
gap entre a parcela mensal e a prestação mensal do financiamento não deve ser
tão grande para o comprador – ele precisa se programar para não tomar um susto
quando for financiar, evitando assim um distrato (quando há a devolução do
imóvel para a construtora) ou mesmo outros problemas”, explica o Humberto Furlanetto, da Bambuí.
Vale apena antecipar o
financiamento?
Dívida boa é dívida paga . Não se iluda com aplicações financeiras. Se você tem
compromisso com a aquisição do imóvel, negocie com a construtora e antecipe e o
máximo possível, para minimizar o máximo possível o valor das prestações junto
ao banco.
Justifica tanta espera
para compra de um imóvel? Somente as despesas de educação dos filhos deve preceder a aquisição de
um “endereço definitivo”. Ao adquirir um imóvel você alia investimento
(poupança) com conforto de desfrutar desse investimento.
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