A
Indução Percutânea do Colágeno com Agulhas, conhecida por sua sigla
IPCA®, vem se mostrando eficaz no tratamento de rugas, estrias, melasma,
cicatrizes cirúrgicas e de acne, pois ele estimula a produção de
colágeno por meios de agulhas. Segundo a Dra. Renata Sitonio, dermatologista da Clínica Sitonio e
coautora do livro IPCA® sobre técnicas cirúrgicas com agulhas, esse
tratamento também pode ajudar na qualidade da pele, na melhora da
flacidez das pálpebras e olheiras.
“Estudos
indicam que, por não queimar a pele, o IPCA® melhora a qualidade do
colágeno formado. Ele pode aplicado em todos os tipos de pele, diferente
dos peelings médios e profundos, que não podem ser feitos em pele
morenas e negras”, ressalta a dermatologista.
Os
primeiros resultados na pele já podem ser vistos em apenas 2 semanas e
os estímulos de colágeno permanecem por até 3 meses. Ainda assim,
estudos indicaram que o colágeno produzido na pele pelo tratamento pode
permanecer após 2 anos.
Ao
contrário do que muitos pensam, o tratamento com agulhas não é um
procedimento novo, mas sim um dos mais antigos. Desde 1995 são
publicados trabalhos sobre a utilização de agulhas e seus efeitos na
estimulação de colágeno. Nos últimos anos o método foi evoluindo, até
que um cirurgião plástico sul-afriacano, chamado Desmond Fernandes,
criou o rolo de microagulhas. Desde então, as pesquisas não param e
comprovam cada vez mais os benefícios do tratamento
De
acordo com Renata Sitonio, a única recomendação é que haja um cuidado
com pessoas que usam anticoagulantes, que ficam muito expostas ao sol e
não têm como se proteger adequadamente após o procedimento, ou que têm
problemas cardíacos sérios nos casos em que a injúria/lesão for
profunda.
A
especialista orienta que o procedimento deve ser realizado por um
dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), pois se
trata de um tratamento médico. O primeiro passo é expor suas
expectativas e entender o que pode ser alcançado. Depois, o médico fará a
prescrição de cremes específicos para preparar a pele, para só depois
realizar o procedimento.
Como funciona
A
dermatologista explica que no Brasil esse tratamento é dividido em 3
técnicas. A primeira é o IPCA®, conhecido como microagulhamento, no qual
se utiliza um rolo de microagulhas para perfurar a pele e assim
produzir fatores de crescimento, que são substâncias do próprio corpo
que vão ativar a produção de colágeno.
Renata
alerta que o microagulhamento médico não é o método que se popularizou
entre as pessoas. Pois é uma técnica específica, que requer anestesia em
creme ou até mesmo infiltração de lidocaína em casos de lesões mais
profundas, como, por exemplo, nas cicatrizes causadas por acne.
A
segunda técnica é a tunelização dérmica, que utiliza uma agulha
especial para descolar rugas e cicatrizes e melhorar o aspecto
deprimido.
A
terceira é a RFPM® (Radiofrequência Pulsada com Multiagulhas), o método
mais conhecido como blefaroplastia sem cortes. Nele, “associa-se o
estímulo de radiofrequência às agulhas e é usado principalmente nas
pálpebras flácidas. Indicado para pessoas que não querem se submeter à
cirurgia convencional ou pessoas muito jovens em torno dos 30, 35 anos
que já têm rugas nas pálpebras inferiores que não melhoram com cremes,
mas que também não têm indicação cirúrgica”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário