Companhia atinge R$ 8,9 bilhões em receita líquida, com crescimento no volume comercializado e rentabilidade
consistente pelo 4º trimestre consecutivo
Mesmo em um cenário global desafiador, a BRF, uma das maiores
companhias de alimentos
do mundo, registrou receita líquida de R$ 8,9 bilhões no primeiro
trimestre do ano, um crescimento de 21,6% se comparado ao mesmo período
de 2019. Já o EBITDA Ajustado alcançou R$ 1,3 bilhão, apresentando
expansão de 67,2% e margem de 14,0% - um aumento de
3,8 pontos percentuais na comparação com o 1T19. O desempenho positivo é
resultado da disciplina na execução do planejamento estratégico da
Companhia, apresentando avanços importantes em mercados-chave, rigor no
controle de gastos, conquistas de novas habilitações
para o mercado externo e investimentos em inovação e produtos, além de
uma melhor gestão financeira.
“Apresentamos
no primeiro trimestre do ano resultados com margens sólidas,
consistentes e geração de caixa positiva, permanecendo aderentes à nossa
estratégia
de longo prazo. Temos muito a fazer, principalmente neste momento
delicado que vivemos com a pandemia do Coronavírus. Estamos agindo de
forma determinada, resiliente e cuidadosa, pensando sempre em toda a
cadeia”, salienta Lorival Luz, CEO da BRF.
A
evolução do desempenho operacional favoreceu a rentabilidade neste
trimestre. É o quarto trimestre consecutivo em que a BRF está em um novo
patamar de
resultados. O lucro bruto da Companhia foi de R$ 2,3 bilhões no
período, um crescimento de 48,5% frente ao 1T19. Com isso, a margem
bruta totalizou 25,2% no 1T20, um avanço de 4,6 pontos percentuais,
mantendo-se o patamar do quarto trimestre de 2019, o mais
forte do ano. No entanto, fomos impactados pela constituição de uma
provisão decorrente do acordo para encerramento da
Class Action movida contra a Companhia nos EUA, além de maiores
despesas financeiras com variação cambial. Ainda assim, o prejuízo
líquido no trimestre foi reduzido, de R$113 milhões no 1T19, para R$38
milhões no 1T20.
O
efeito da valorização do câmbio, ao final do 1T20, sobre as dívidas da
Companhia denominadas em moeda estrangeira pressionaram o endividamento
líquido.
Com isso, a alavancagem líquida encerrou março de 2020 em 2,68x, um
acréscimo de 0,18x em relação ao divulgado ao final de 2019. Entretanto,
a empresa reforçou sua posição de liquidez com a contratação de linhas
de crédito no montante agregado de R$ 1,4 bilhão
e prazo de 1 ano, encerrando o trimestre com um caixa de,
aproximadamente, R$ 9 bilhões. Adicionalmente, a Companhia mantém à sua
disposição uma linha de crédito rotativo no valor de R$1,5 bilhão,
totalizando uma liquidez imediata de R$10,5 bilhões.
O perfil do endividamento apresenta um prazo médio de 4,5 anos, com os
primeiros vencimentos relevantes
de dívida denominados em moeda estrangeira previstos apenas para junho
de 2022. A Companhia segue com um balanço fortalecido, principalmente
neste momento adverso e volátil.
No
mercado interno, o volume comercializado atingiu a marca de 562 mil
toneladas, o maior volume para um primeiro trimestre desde 2015.
Destacamos o crescimento
da categoria de processados, que aumentou mais de 14,9% em relação ao
ano anterior. Com isso, o EBITDA Ajustado do segmento Brasil atingiu
R$611 milhões, uma expansão de 63,1% em relação ao 1T19, com uma margem
EBITDA Ajustada de 13,1%. Esse crescimento foi
suportado por ações conjuntas nas diversas áreas comerciais, como
Categorias, Canais e Marcas, garantindo um crescimento robusto no 1T20.
Já
a receita líquida da divisão internacional da BRF avançou 25,6%,
atingindo R$ 4,0 bilhões no 1T20. Apresentamos crescimento de volumes em
todos os mercados-chave,
sobretudo para a Ásia. Com isso, o EBITDA Ajustado totalizou R$ 682
milhões, o maior nível desde 2017, sendo que a margem EBITDA Ajustada
alcançou 17,0% no mesmo período, evolução de 5,3 p.p. em relação ao
1T19. Em 2020, foram obtidas 29 habilitações/renovações
para cinco países diferentes.
Diante
do atual cenário que o mundo está atravessando, sem precedentes nos
quase 86 anos de história da BRF, a Companhia tem como prioridade, desde
o início
da pandemia, a saúde e segurança de toda sua cadeia operacional. “Somos
reconhecidos por produzir alimentos de qualidade e por abastecer, com
segurança, a população. Por isso, reiteramos nosso compromisso social
com as comunidades onde atuamos. Já no início
do surto de Coronavírus no Brasil, fizemos questão de anunciar a doação
de alimentos, insumos médicos e apoio a fundos de pesquisa e
desenvolvimento social, totalizando aproximadamente R$ 50 milhões,
destinados a mais de 50 cidades e atendendo mais de 150
instituições nas regiões onde estamos presentes. É hora de estarmos
unidos e sermos solidários uns com os outros, acima de tudo”, reforça o
CEO Lorival Luz.