Índice da Federação registra sétima
elevação mensal consecutiva
O indicador de Custo de Vida por Classe Social
(CVCS), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado
de São Paulo (FecomercioSP), apresentou alta geral de 0,36% em março. No
acumulado de 12 meses, a inflação na Região Metropolitana de São Paulo ficou em
6,18%, contra os 5,92% constatados em fevereiro, registrando assim o sétimo mês
consecutivo de aumento.
Apesar
de o índice mensal estar desacelerando - em janeiro, estava em 0,96% -, os
números acumulados continuam elevados. Por isso, o Banco Central elevou a Selic
em 0,25 ponto percentual, ação cujo resultado somente será sentido nos próximos
meses. Se não houver redução do crescimento de preços, poderá ser necessária
nova elevação da taxa básica de juros.
Março
também aprofundou a tendência de os produtos serem os elementos que mais
pressionaram o CVCS, em vez dos serviços. A situação foi notada em fevereiro,
quando a alta dos preços acumulada em 12 meses no item superou a de serviços.
No mês, os serviços registram aumento acumulado de 5,78%, enquanto nos produtos
esse número era de 6,56%.
O
fator positivo é a estabilização do CVCS acumulado em 12 meses para as faixas
de renda D e E, já que as classes mais abastadas puxaram a elevação do índice
em fevereiro e março. No entanto, a alta dos preços continua pesando mais para
as classes menos favorecidas, sendo que a inflação para as famílias das
categorias D e E ficou em 6,59% e 6,60%, respectivamente, no mês.
Sobre
o CVCS
O
indicador de Custo de Vida por Classe Social (CVCS), aferido pela Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), foi
criado para acompanhar a evolução do custo de vida do consumidor na Região
Metropolitana de São Paulo (RMSP), entender as diferenças da evolução do custo
de vida das famílias em diferentes classes de renda e prover o mercado com
informações sobre a evolução de preços.
O
CVCS considera os preços de 247 itens e separa as famílias em cinco faixas de
renda: E (até R$ 976,58), D (de R$ 976,59 a R$ 1.464,87), C (de R$ 1.464,88 a
R$ 7.324,33), B (de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23) e A (mais de R$ 12.207,24). Os
valores também consideram os rendimentos não monetários.
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