quarta-feira, 5 de março de 2014

ABIMAQ APONTA POUCAS PERSPECTIVAS NO CURTO PRAZO PARA INDÚSTRIAS QUE ATENDEM REFINO

Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) -
Os bens de capital brasileiros estão diminuindo sua participação nas indústrias do país. Segundo dados da Associação Brasileira de Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor teve queda de 5,7% no faturamento de 2013 em relação ao ano anterior, mesmo com a produção aumentando 7% na mesma comparação. Segundo o diretor de Petróleo, Gás, Bionergia e Petroquímica da Abimaq, Alberto Machado, os estoques de máquinas e equipamentos nacionais cresceram no fim do ano passado, enquanto a importação de bens de capital aumentaram o déficit na balança comercial do setor. Para o diretor, falta ao Brasil uma política industrial definida, com mais incentivos para todas as etapas da cadeia produtiva. Outro problema apontado pelo executivo é a postergação de investimentos pela Petrobrás, que acaba reduzindo a previsão de encomendas. Segundo Machado, as indústrias que fornecem bens ao setor de refino têm sido afetadas por estes fatores, ficando com poucas perspectivas no curto prazo.

Como a associação avalia a política industrial atual do governo?


Não há uma política industrial definida, apenas medidas isoladas. Tem que ir além da desoneração. Às vezes, simplesmente desonerar uma cadeia pode resultar na oneração de outra. O financiamento de alguns setores está adequado. O naval, por exemplo, conta com bons incentivos para o primeiro nível, isto é, os estaleiros que fazem os navios, mas as cadeias anteriores são prejudicadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário