sexta-feira, 15 de maio de 2015

Itaipu comemora 41 anos como modelo em gestão de boas práticas sustentáveis

Aniversário será comemorado no domingo, dia 17 de maio


Líder mundial de geração acumulada de energia limpa e renovável do planeta,
com os melhores índices de eficiência operacional e práticas sustentáveis,
a Itaipu Binacional comemora 41 anos de criação no próximo domingo, 17 de
maio, com reconhecimento em todas as áreas.

A marca da empresa está fortemente associada à sustentabilidade, novas
fontes de energias renováveis, integração regional, inovações tecnológicas,
turismo, desenvolvimento territorial, equidade de gênero e inclusão social.

Em 2014, com uma produção de 87,6 milhões de megawatts-hora (MWh), a usina
de Itaipu refirmou a sua importância estratégica para o setor elétrico
brasileiro e paraguaio, respondendo por 17% do consumo nacional e mais de
75% do país vizinho.

Em meio à crise hídrica, a usina foi essencial para atender a demanda
nacional e estabeleceu ainda outro recorde: o melhor índice de eficiência
operacional de sua história.

A produtividade chegou a 99,3%. O desempenho excepcional permanece até
agora, tendo atingido nestes primeiros meses de 2014 os 100% do
aproveitamento da água disponível. Na área sustentável, o maior
reconhecimento veio da ONU.

Reconhecimento

Em março deste ano, a Itaipu conquistou o Prêmio Água para a Vida, ONU, na
categoria “Melhores Práticas em Gestão de Água”. Outro reconhecimento
importante às ações de responsabilidade socioambiental veio com a conquista
do Prêmio Internacional Cumbres del Guadarrama, na categoria “Comportamento
ambiental sustentável do setor empresarial”, concedido pela Comunidade de
Madri, capital da Espanha.

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, é um orgulho ver
que as iniciativas implementadas pela Itaipu e sua extensa rede de
parceiros, para promover o desenvolvimento territorial sustentável na sua
área direta de influência, estão tendo sua qualidade certificada por
instituições internacionais de reconhecida independência e credibilidade,
como a ONU e a Comunidade de Madri.

Segundo o diretor geral, os bons resultados apresentados e o prestígio
conquistado são frutos do trabalho e da dedicação continuada de
profissionais qualificados e comprometidos com a missão institucional.




Nova missão




Se, antes de 2003, a missão de Itaipu era apenas a de gerar eletricidade,
naquele ano passou a ser mais ampla, sem perder o foco original: “Gerar
energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental,
impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”.




No lado brasileiro, sua área de atuação foi ampliada dos 16 municípios
lindeiros para os 29 municípios da Bacia do Paraná 3, já que, em toda essa
região, os rios e córregos existentes são de alguma forma conectados ao
reservatório de Itaipu. O Cultivando Água Boa, programa socioambiental
desenvolvido por Itaipu, beneficia um milhão de pessoas.




O social




Na área socioambiental, as ações foram ampliadas nos mais diversos setores,
desde educação e saúde – incluindo a participação em campanhas de vacinação
- ao combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e à violência,
além de programas de estímulo à geração de renda e o incentivo à equidade
de gênero.




Nos 29 municípios brasileiros e 31 paraguaios, ações e programas voltados à
comunidade incluem educação ambiental, estímulo à pesca e à criação de
peixes, à produção de plantas medicinais e à agricultura familiar e
orgânica.




Royalties




A Itaipu Binacional foi pioneira no repasse de compensação financeira pela
utilização do potencial elétrico de águas fluviais ao Brasil e ao Paraguai.
Entre 1989 até abril de 2015, a usina já acumulou o pagamento de mais de US
$ 9 bilhões em compensação aos dois países atingidos pela formação do
reservatório.




Turismo




O turismo em Foz do Iguaçu ganhou um impulso decisivo em 2007, quando
Itaipu passou a fazer parte da Gestão Integrada do Turismo, iniciativa que
uniu os setores público e privado para mudar a imagem, qualificar o
atendimento e melhorar a infraestrutura do destino. Foi naquele mesmo ano,
em julho, que a usina criou o Complexo Turístico Itaipu e implantou a
visita paga, firmando-se como um dos grandes atrativos do Destino Iguaçu.




Mobilidade


Itaipu foi a primeira empresa do setor elétrico do Brasil a investir num
programa de veículos movidos a eletricidade. Em nove anos, Itaipu e
diversos parceiros já desenvolveram e montaram, num galpão da área
industrial da usina, mais de 80 protótipos, incluindo automóveis de
passeio, caminhão elétrico, mini-ônibus elétrico, um utilitário 4x4 (em
parceria com a Agrale) e até um ônibus híbrido movido a eletricidade e
etanol. Hoje, a IB trabalha com a mobilidade inteligente.Energia
alternativa
A Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, um dos mais importantes
programas da empresa, procura demonstrar a viabilidade do biogás, produzido
a partir de dejetos de animais. Uma unidade de micro-geração de energia a
partir do biogás garante autonomia elétrica ao produtor e, ainda, uma renda
extra, com a venda do excedente à concessionária.




Duas experiências práticas já mostram bons resultados. Uma delas é a granja
Colombari, em São Miguel do Iguaçu, pioneira na produção de biogás. Com um
plantel de 4 mil suínos, a granja tem autonomia em eletricidade e, desde
2009, ainda vende o excedente à Copel.




A outra experiência é no Condomínio de Agroenergia para Agricultura
Familiar Sanga Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon. Os dejetos de suínos
e do gado leiteiro de 33 pequenas propriedades rurais são transferidos para
biodigestores, onde é extraído o biogás. Depois, numa central termelétrica,
esse biogás vira energia.
História




Quando o Tratado de Itaipu foi assinado pelos governos do Brasil e do
Paraguai, em abril de 1973, imediatamente foi contratada uma consultora
internacional – a americana Ieco e a italiana Elc – para proceder aos
estudos de viabilidade de uma grande usina, já pensada como a maior do
mundo.




Para se entender por que o mundo considerava exagerado o projeto da usina
brasileiro-paraguaia, a maior hidrelétrica do mundo na época era a de Grand
Coulee, nos Estados Unidos. Concluída em 1974, exatamente no ano em que a
Itaipu Binacional foi constituída, Grand Coulee tem 6.494 MW de capacidade
instalada. O projeto de Itaipu previa 12.660 MW, com 18 unidades geradoras
(em 2006 e 2007, a usina ganhou mais duas unidades e sua capacidade
aumentou para 14 mil MW).




Mas por que esse nome, Itaipu? Porque a barragem foi construída sobre uma
ilhota chamada pelos índios de Itaipu, que em tupi-guarani quer dizer
“pedra que canta”. Foi exatamente naquele ponto que os técnicos verificaram
que o rendimento energético seria excepcional, em virtude de um longo
cânion escavado pelo Rio Paraná. A ilhota, que permanecia quase todo o
tempo escondida pelas águas do Paranazão, hoje está debaixo de milhões de
toneladas de concreto.

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