De acordo com a ABI Research,
empresa norte-americana que atua em inteligência de mercado, o segmento
global de biometria deve superar a marca de 30 bilhões de dólares em
2021 – o que significa um aumento de 118% em relação a 2015. Muito desse
sucesso se deve aos smartphones – que começam a trazer sensores de
impressão digital integrados no equipamento. Daqui a cinco anos,
espera-se haver dois bilhões de aparelhos com esse tipo de tecnologia.
De acordo com o analista de pesquisas Dimitrios Pavlakis, os
consumidores acreditam cada vez mais na biometria como forma de aumentar
a segurança, conveniência e personalização em múltiplas camadas.
Por
enquanto, América do Norte e Ásia-Pacífico são as regiões que mais se
destacam no mercado de biometria. Por conta das atuais tensões e urgente
necessidade de aumento de segurança, também a Europa deverá adotar a
autenticação biométrica em diversos segmentos. Entretanto, a consultoria
prevê uma rápida expansão na América Latina e no Oriente Médio. Na
opinião de Phil Scarfo, vice-presidente global de vendas e marketing da
HID Biometrics, o Brasil está bem à frente dos demais países da América
Latina em termos de implementação da biometria no setor financeiro,
especificamente nos caixas eletrônicos. México, Argentina e Colômbia
também já estão começando a implantação dessa tecnologia em seus postos
de atendimento bancário.
“O
mercado de caixas eletrônicos no Brasil é o terceiro maior do mundo,
ficando apenas atrás dos Estados Unidos e do Japão. Trata-se de um
importante exemplo para os demais países do continente. A grande
diferença, entretanto, é que mais da metade dos terminais bancários
brasileiros contam com sensores de leitura biométrica – sendo que ainda
há quase 70 mil caixas eletrônicos que precisam investir nessa
tecnologia. Portanto, há muito que expandir, na medida em que os
brasileiros estão se familiarizando cada vez mais com os sensores
biométricos em muitos outros setores também. Eles são, inclusive, o
primeiro povo da América Latina a fazer o cadastramento biométrico nos
cartórios eleitorais – o que demonstra seu pioneirismo e abertura para
adotar essa importante ferramenta de gerenciamento de acesso e
identidade”, analisa Scarfo.
O
executivo da HID afirma que a tecnologia biométrica multiespectral está
se desenvolvendo em outras áreas do setor bancário. “Temos sido
consultados por bancos que querem proteger seus próprios computadores, a
fim de garantir que somente funcionários autorizados estejam acessando
as contas bancárias dos clientes, como caixas e gerentes. O objetivo do
setor bancário brasileiro é prover total segurança e rastreabilidade – e
isso pode ser plenamente alcançado com a tecnologia biométrica. Em
determinados casos, quando é necessário um segundo fator, a melhor
combinação com a autenticação da impressão digital inclui telefone
celular, cartão ou qualquer outro dispositivo pessoal. É importante
lembrar que a essência da autenticação multifatorial é reunir algo que
prove quem você é (biometria) com algo que você tem (cartão, smartphone
etc.) ou algo que você sabe (senhas, pins etc.)”.
Phil Scarfo, vice-presidente global de vendas e marketing da HID Biometrics - http://www.hidglobal.com.br/
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