A
Federação Sul Americana de Krav Maga terá mais de 90 pontos de
treinamento pelo país em março e espera sensibilizar mais de 10 mil
mulheres sobre a prevenção à violência
No
mês de março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a
Federação Sul Americana de Krav Maga (FSAKM) vai realizar, em todo o
Brasil, treinamentos gratuitos da defesa pessoal israelense,
especialmente voltados para mulheres praticantes ou não dessa
modalidade. A ideia é sensibilizar a mulher sobre a importância do
combate à violência e mostrar que ela pode ser parte ativa da prevenção
desse tipo de problema, crescente no Brasil.
Os
treinamentos da Federação Sul Americana de Krav Maga serão destinados
às mulheres maiores de 14 anos, independentemente de preparo físico ou
de habilidade para artes marciais ou esportes.
Para este ano, a Federação espera mais de 10 mil mulheres em mais de 90 pontos de treinamento em todo o país.
O
treinamento no Rio Grande do Norte será realizado no dia 11 de março,
às 9h, na Ponta Negra Fitness Academia (Avenida Praia de Ponta Negra
9140). Para participar, é necessário cadastramento pelo e-mail: danielseki@kravmaga.com.br .
“Nosso
objetivo é que as mulheres percebam que elas podem se prevenir contra a
violência, mudando a forma com que elas lidam com o medo e com sua
autoestima”, afirma o israelense Grão-Mestre Kobi Lichtenstein
(faixa-preta – 8º Dan), introdutor do Krav Maga no Brasil e fundador da
FSAKM.
Desenvolvido
em Israel, na década de 40, por Imi Lichtenfeld, o Krav Maga não é uma
arte marcial e sim a única modalidade reconhecida mundialmente como arte
de defesa pessoal. Foi criado para que, a partir do treinamento
adequado, qualquer pessoa - independentemente de sua idade, sexo ou
forma física - possa se defender de um ou mais agressores, armados ou
não, usando técnicas simples e eficazes.
Grão
Mestre Kobi explica que, com a violência crescente nas ruas ou mesmo
dentro de casa, as mulheres precisam estar preparadas para se proteger e
para proteger seus filhos. “O treinamento de Krav Maga dá a essa mulher
a condição psicológica e física para que ela vença o medo e seja ativa
no combate à violência, nem que seja por meio da denuncia”, afirma Grão
Mestre Kobi.
Em
2016, mais de 5 mil mulheres passaram por esse treinamento e para este
ano a expectativa é ainda maior. Os treinamentos serão realizados em
diversos estados brasileiros simultaneamente, assim como no Peru e na
Argentina, onde a FSAKM tem instrutores habilitados.
Krav Maga para as mulheres - A violência doméstica e a violência contra a mulher no Brasil aumentam ano a ano:
· No
Brasil, a taxa de homicídios de mulheres é de 4,8 para 100 mil mulheres
– a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS).
· Segundo
dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada 11 minutos e 33
segundos uma mulher é estuprada no Brasil, ou seja, cinco a cada hora.
· Em 70% dos registros de agressão às mulheres, o agressor é o companheiro ou o cônjuge da vítima.
· Outro dado crítico é que ainda hoje é baixo o número de mulheres que chegam a denunciar as agressões, por vergonha ou medo.
Hoje,
30% dos praticantes de Krav Maga em todo o Brasil são mulheres e há um
esforço da FSAKM para mostrar ao público feminino que a pratica do Krav
Maga se difere dos esportes de luta.
Trata-se
de um modo de melhorar a percepção, de adquirir um comportamento mais
atento nas ruas, em locais públicos ou mesmo em casa, quando há uma
situação de risco com um parceiro agressor, por exemplo.
Por
meio dos treinos, as mulheres aprendem a superar obstáculos físicos e
mentais, adquirem coragem e confiança em si mesmas, equilíbrio
emocional, mudam a postura frente à vida, a si próprias e ao seu
oponente.
Quando
as mulheres descobrem que, apesar de não terem a mesma força física do
homem, elas são capazes de se defender de forma simples, com movimentos
rápidos e eficientes, elas adquirem confiança, se não para se
defenderem, ao menos para efetuarem uma denuncia.
O
Krav Maga mostra à mulher que ela pode fazer parte da solução para as
agressões a ela e a seus filhos e, com isso, ela muda a sua postura
frente ao risco.
Krav Maga no Brasil - O
Krav Maga foi trazido ao Brasil, em 1990, pelo israelense Grão-Mestre
Kobi Lichtenstein, ele que começou a praticar o Krav Maga aos três anos
de idade com Imi Lichtenfeld e foi o primeiro faixa-preta de Imi a sair
do estado de Israel para difundir a modalidade pelo mundo.
Ao
chegar no Brasil, Grão-Mestre Kobi se estabeleceu na cidade do Rio de
Janeiro, onde fundou e hoje dirige a Federação Sul Americana de Krav
Maga, a única representante oficial da modalidade no Brasil, Peru e
Argentina e detentora da marca Krav Maga no Brasil.
Ao
longo destes anos, a Federação vem realizando um trabalho extremamente
sério e responsável. Ainda hoje, o método de prática e de ensino da
FSAKM é o mesmo criado por Imi Lichtenfeld e utilizado em Israel.
Para obter mais informações sobre as novas turmas e agendar uma aula gratuita, acesse: www.kravmaga.com.br
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