Os
Estados Unidos são o país que mais recebe imigrantes no planeta. Em
2016, foi considerado o terceiro melhor destino para profissionais de
outras nacionalidades, com base em critérios como grau de
desenvolvimento e qualidade de vida. Mesmo
diante das últimas medidas do presidente Trump em endurecer as regras,
com o objetivo declarado de combater extremistas, o governo americano
disse categoricamente que os Estados Unidos têm o sistema de imigração
mais generoso do mundo.
A
vontade de ingressar nesse mercado de trabalho promissor — e ganhar em
dólar — é compartilhada por muitos profissionais brasileiros, porém,
trata-se de um processo que requer planejamento e dedicação, além disso,
não existe uma receita pronta para todas as pessoas, cada caso é um
caso. Algumas profissões como a área da saúde, por exemplo, o
interessado precisa convalidar o diploma para trabalhar, já outras
carreiras não apresentam demanda para estrangeiros pois há muita
mão-de-obra.
A
primeira dica para evitar frustração é conhecer os trâmites legais para
a mudança de país e o passo a passo da emigração obedece a regras
rígidas que um advogado especialista na área pode facilitar. Assim,
engana-se quem pensa que as portas estão todas fechadas. Os advogados
Daniel Toledo e André Linhares, da empresa Loyalt Miami e Loyalty
Orlando, apontam diversos caminhos legais para a pessoa buscar o sonho
americano. "Sempre que prestamos uma consulta buscamos dados que
permitam saber se aquela pessoa se enquadra em algum tipo de visto que a
permita viver legalmente nos Estados Unidos", explicam os advogados.
Um
fator de otimismo se deve à mudança do perfil do imigrante brasileiro
nos últimos anos, atingindo um número maior de empreendedores, pessoas
que montam negócios na América, geram empregos e impulsionam a economia.
E na maior parte das vezes não há necessidade de grandes quantias para
emigrar. "Existem casos de brasileiros que investiram $ 100 mil; outros
que foram aprovados investindo a metade disso. O importante é se
encaixar num perfil de negócio que seja necessário e que corresponda às
exigências e necessidades", destacam os especialistas.
Nos
Estados Unidos há uma antiga tradição de imigrantes que passam a
dominar setores de negócios específicos, como lanchonetes por famílias
gregas, lavanderias administradas por chineses e salões de vietnamitas.
Já o brasileiro tem um jogo de cintura peculiar que o coloca em muitos
segmentos. "Temos clientes que investiram em empresas de limpeza, outros
em franquias. Há os que possuem talentos específicos, são gênios em
seus setores. O importante é descobrirmos juntos onde ele se encaixará
nesta nova sociedade onde quer viver", observam.
O
apoio ao empreendedorismo e leis trabalhistas mais simples ampliam o
horizonte de quem sonha em mudar de ares. Fora isso, a máquina pública
americana funciona bem melhor do que a brasileira e as famílias acabam
sendo beneficiadas num todo. Com uma história recente de migração, os
brasileiros optam por estados como Massachusetts, New Jersey, Califórnia
e Flórida onde conseguem alavancar melhor seus negócios, além de
participar de uma sociedade já inserida no mercado americano. Mas ainda
assim é importante saber o que vai fazer, o que quer empreender e até
que ponto os Estados Unidos precisam daquele tipo específico de serviço.
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