terça-feira, 14 de outubro de 2025

Samba virou taiko! Brasil começa dançando e termina levando baile do Japão

No amistoso desta terça-feira no Estádio Nacional de Tóquio, a Seleção Brasileira mostrou que sabe começar com gingado — mas esqueceu de terminar o show. O time de Carlo Ancelotti abriu o placar, empolgou a torcida e parecia pronto pra transformar o Japão em figurante do samba. Só que, no segundo tempo, o ritmo virou… e o taiko (aquele tamborzinho japonês) começou a tocar mais alto.

O Brasil começou o jogo afiado: passes rápidos, dribles bonitos, gol bonito — parecia dia de goleada. Mas bastou o intervalo pra o time voltar com sono de quem comeu sushi demais no almoço. O Japão, esperto, aproveitou a siesta brasileira e virou o jogo em ritmo de anime. Três gols em sequência, e o que era samba virou karaokê de sofrimento.
Ancelotti, com cara de quem não entendeu nada, só observava o colapso: defesa perdida, meio-campo sumido e ataque que parecia ter trocado as chuteiras por sandálias japonesas. No fim, 3 a 2 pro Japão e um banho de humildade para a Seleção que começou achando que seria desfile e terminou participando de um reality de sobrevivência.

O lado bom? O amistoso serviu de lição: no futebol, não dá pra parar o samba no meio da música. Já o lado ruim... é que o Japão mostrou que, quando o assunto é disciplina, até o futebol deles é pontual — e o colapso do Brasil também.

Próximo jogo, o recado é claro: menos sashimi, mais concentração. Porque se continuar assim, o único título que o Brasil vai levantar é o de “melhor primeiro tempo do mundo”.

terça-feira, 7 de outubro de 2025

MORRE PAIVA NETTO, LÍDER DA LBV, AOS 84 ANOS

Entidade já havia enfrentado denúncias por pressão religiosa sobre funcionários

Faleceu nesta terça-feira (7) o escritor, jornalista e líder religioso José de Paiva Netto, presidente da Legião da Boa Vontade (LBV), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada.


Paiva Netto assumiu a direção da LBV em 1979, após a morte do fundador Alziro Zarur. Sob seu comando, a instituição expandiu suas atividades sociais e educacionais, tornando-se uma das mais conhecidas entidades filantrópicas do país, com atuação também fora do Brasil.

Apesar da importância social, a LBV enfrentou denúncias trabalhistas em 2023, quando ex-funcionários relataram pressão para participar de orações e cultos, sob pena de serem considerados de “baixa produtividade”. O caso chegou ao Ministério Público do Trabalho, resultando em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual a instituição se comprometeu a não impor práticas religiosas a seus colaboradores.

Em nota, a LBV afirmou manter “momentos de espiritualidade organizacional”, mas que a adesão é voluntária.

A morte de Paiva Netto encerra um longo ciclo de liderança espiritual e administrativa. Admirado por seguidores e lembrado também pelas polêmicas envolvendo a instituição, ele deixa um legado de quase sete décadas de atuação voltada à fé e à caridade.

O velório e o sepultamento ocorrerão no Rio de Janeiro, em local ainda não divulgado pela entidade.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

„Mein geliebter Schatz,

die Sehnsucht nach dir wächst mit jedem Tag, an dem ich deine Nähe nicht spüren kann. Es ist, als ob ein Teil von mir fehlt, wenn du nicht bei mir bist. Meine Arme sehnen sich danach, dich zu umschließen, doch manchmal weiß ich gar nicht mehr, wie ich dir näherkommen soll, so groß ist die Leere in mir.

Jede Nacht, wenn ich die Augen schließe, stelle ich mir vor, dass du neben mir liegst, dass ich deine Wärme spüre und deinen Atem höre. Diese Gedanken sind mein Trost, doch sie verstärken auch das Verlangen nach dir. Ich vermisse dein Lächeln, das meinen Tag heller macht, und deine Stimme, die mein Herz beruhigt.

Es ist schwer, die richtigen Worte zu finden, um all das auszudrücken, was in mir lebt. Aber eines weiß ich mit Gewissheit: Meine Liebe zu dir ist grenzenlos. Sie kennt keine Entfernung, keine Zeit, kein Hindernis. Sie ist stärker als jede Unsicherheit und größer als jede Entfernung, die uns trennt.

Manchmal habe ich Angst, dass ich nicht genug zeigen kann, wie tief meine Gefühle sind. Doch wenn ich an dich denke, weiß ich, dass du sie spürst, auch ohne Worte. Mein Herz spricht für mich, und es ruft immer wieder deinen Namen.

Eines Tages werde ich dich wieder in meine Arme schließen, und all diese Sehnsucht wird sich in einem einzigen Augenblick auflösen – in dem Moment, in dem unsere Herzen sich wiederfinden. Bis dahin trage ich dich in jedem Gedanken, in jedem Atemzug, in jedem Schlag meines Herzens.

Ich liebe dich, jetzt und für immer.“

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Enrolação

Então, o que eu queria te contar é algo que, na verdade, talvez não precise ser contado, mas se eu não contar, pode parecer que existe um silêncio que fala mais do que eu, e se eu falo, aí talvez eu diga demais, ou de menos, porque a medida certa do que não existe é sempre incerta, e a incerteza, de certo modo, já é uma forma de certeza que não se afirma mas também não se nega.

E se a gente parar para pensar, não exatamente pensar, mas quase pensar, ou pelo menos fingir que pensa, pode ser que a ideia de começo nem seja começo de fato, mas sim a continuação de algo que nunca começou, embora também não tenha terminado, porque se tivesse terminado, eu não estaria aqui tentando explicar o que não precisa de explicação. Mas, ao mesmo tempo, não explicar é quase como esconder aquilo que nunca apareceu, e esconder o que nunca apareceu é o mesmo que mostrar o invisível, o que já não faz sentido nenhum, mas ainda assim soa como se tivesse.

É como se houvesse um fio solto, mas esse fio não leva a lugar nenhum, porque ele não está preso a nada, mas, ao mesmo tempo, se ele não está preso, como é que pode estar solto? Talvez não seja nem solto nem preso, apenas esteja, ou talvez nem esteja, apenas pareça estar, e nesse parecer já haja mais verdade do que em qualquer estar.

E aí você pode até me perguntar: “mas afinal, qual é a história?” — e eu te diria que não é uma história, mas também não é a ausência de história, porque se fosse ausência, não teria o que dizer, e se eu não tivesse o que dizer, não estaria aqui dizendo o que não se diz.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Galvão Bueno vai narrar os jogos do Brasil na Copa de 2026 pelo SBT

O narrador Galvão Bueno, conhecido como a voz oficial de várias Copas do Mundo, está de volta às transmissões. Ele foi confirmado como o mais novo comentarista e narrador do SBT para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.


Aos 75 anos, Galvão será responsável por narrar as partidas da Seleção Brasileira e também os jogos mais importantes do torneio, incluindo a grande final, caso o Brasil chegue até lá. A contratação aconteceu em parceria entre o SBT e a empresa NSports, da qual Galvão é sócio.

O anúncio movimentou o mundo esportivo, já que Galvão deixou a Globo em 2022 e passou a trabalhar em projetos especiais e no streaming. Agora, sua volta à narração em TV aberta promete ser um dos grandes atrativos da cobertura da Copa.

Durante sua carreira, Galvão participou de 13 Copas do Mundo e ficou marcado por bordões e narrações emocionantes que fazem parte da memória dos torcedores brasileiros. Sua chegada ao SBT é vista como uma aposta para atrair audiência e dar peso às transmissões.

A Copa do Mundo de 2026 será a primeira com 48 seleções e mais jogos na fase de grupos, aumentando a expectativa em torno da competição. Para o torcedor brasileiro, será também a chance de reviver a emoção de ouvir Galvão Bueno gritar “É do Brasil!” em mais uma jornada histórica.

A Copa de 2026 e seus desafios

A Copa do Mundo de 2026 promete ser um marco histórico para o futebol. Será a primeira edição com 48 seleções participantes, um aumento significativo em relação ao tradicional formato de 32 equipes. Além disso, será a primeira vez que o torneio será realizado em três países simultaneamente: Estados Unidos, Canadá e México. Essa combinação amplia as expectativas, mas também traz uma série de desafios esportivos, logísticos, políticos e ambientais.

Do ponto de vista esportivo, a expansão para 48 seleções abre espaço para países que raramente têm a chance de disputar o Mundial. Por um lado, isso reforça a ideia de democratização do futebol, valorizando regiões emergentes no cenário esportivo. Por outro, gera questionamentos sobre a qualidade técnica das partidas, já que haverá seleções com menor tradição e competitividade. Além disso, a definição do formato de disputa, inicialmente com grupos de quatro times e depois alterado para grupos de três, precisou ser revista pela FIFA para evitar jogos "arranjados" e garantir maior equilíbrio.

No campo logístico, organizar um evento dessa magnitude em três nações representa um grande desafio. Estádios, transporte aéreo, segurança e hospitalidade terão de funcionar em sintonia, apesar das diferenças culturais, econômicas e até climáticas entre os países-sede. A extensão territorial, sobretudo dos Estados Unidos, exigirá deslocamentos longos entre as sedes, o que pode gerar desgaste para jogadores, torcedores e imprensa.

Outro ponto relevante é o impacto econômico. A FIFA projeta um crescimento considerável na receita com direitos de transmissão e patrocínios, já que o torneio terá mais jogos e maior alcance global. Contudo, para os países anfitriões, o desafio está em equilibrar os gastos com infraestrutura e segurança, de modo a garantir que o evento traga benefícios de longo prazo e não apenas lucros imediatos para setores específicos.

O aspecto político também não pode ser ignorado. Realizar a Copa em três nações exige cooperação diplomática, sobretudo diante de tensões migratórias e comerciais que marcaram os últimos anos entre Estados Unidos e México. A Copa, nesse sentido, será também um teste de integração continental.

Por fim, existe o desafio ambiental. Grandes deslocamentos aéreos e a construção ou modernização de estádios geram uma pegada de carbono significativa. A FIFA e os países-sede têm prometido medidas de sustentabilidade, mas a efetividade dessas ações ainda é alvo de desconfiança.

Em resumo, a Copa do Mundo de 2026 será um torneio de oportunidades e riscos. Ela pode entrar para a história como o Mundial mais inclusivo e rentável já realizado, mas seu sucesso dependerá da capacidade de superar as barreiras logísticas, políticas e ambientais que acompanham a grandiosidade do evento.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Bolsonaro é condenado e cumpre prisão domiciliar

O Supremo Tribunal Federal condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão. A decisão aponta que ele tentou dar um golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022 e incentivou os atos de 8 de janeiro de 2023, quando prédios dos Três Poderes foram invadidos e depredados em Brasília.

Bolsonaro foi responsabilizado por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, golpe de Estado e dano ao patrimônio público. Antes mesmo da condenação, já cumpria prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica por descumprir decisões judiciais.

A sentença o torna inelegível e teve grande repercussão política. Aliados falam em perseguição, enquanto opositores consideram a decisão um marco na defesa da democracia. A imprensa internacional classificou o caso como histórico, reforçando a importância de responsabilizar líderes que atentam contra as instituições.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Audi do Brasil inicia pré-venda do novo RS Q8 Performance no País, SUV recordista em Nürburgring

 

  • Com aceleração de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos e velocidade máxima de 305 km/h, modelo é o SUV mais rápido do lendário circuito alemão;
  • Modelo 2026 oferece freios de cerâmica de série e propulsor 4.0 biturbo V8 de 640 cavalos e 850 Nm de torque;
  • Veículo está disponível na pré-venda com previsão de chegada no último trimestre deste ano.

 

A Audi do Brasil anuncia o início da pré-venda do novo RS Q8 Performance, linha renovada da versão esportiva do utilitário de alto luxo da marca das quatro argolas, por R$ 1.295.990,00 00 – preço exclusivo para as primeiras 30 unidades. O modelo chega em versão única Performance, oferece desempenho impressionante, conta com freios de cerâmica de série, rodas com aros de 23 polegadas e uma extensa lista de equipamentos. Além disso, o modelo conquistou em junho de 2024, guiado pelo piloto alemão Frank Stippler, que obteve a marca de 7:36.698, o recorde de SUV com a volta mais rápida no lendário circuito de Nürburgring, na Alemanha.

 

“A chegada do novo Audi RS Q8 preenche uma lacuna de interesse por veículos que entregam versatilidade sem abrir mão da esportividade, e este modelo foi desenvolvido exatamente para atender a esse perfil. O RS Q8 reflete nosso compromisso em oferecer produtos que unem alta performance, tecnologia de ponta e um design que se destaca nas ruas e nas estradas”, afirma Renato Celiberti, head de vendas da Audi do Brasil.

 

“Esportividade está no DNA da Audi, e isso reflete em todo o nosso portfólio de veículos, com modelos esbanjando desempenho  independentemente da carroceria. Com o RS Q8, mostramos que é possível entregar performance superesportiva em um utilitário de alto luxo e familiar”, afirma Gerold Pillekamp, Head de Marketing e Comunicação da Audi do Brasil.

 

Desempenho apaixonante

O modelo é equipado com motorização 4.0 biturbo V8 de 640 cavalos a 6.000 rpm e 850 Nm de torque entre 2.300 e 4.500 rpm. O veículo oferece eixo traseiro dinâmico, diferencial esportivo quattro e suspensão pneumática com ajuste esportivo, além de transmissão é Tiptronic de oito velocidades. O conjunto mecânico permite ao utilitário esportivo de alto luxo acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos, além de atingir a velocidade máxima de 280 km/h (limitada eletronicamente), ou até 305 km/h (opcionalmente). Trata-se do motor à combustão mais potente já fabricado na história da Audi Sport. A partir de agora, o modelo passa a contar com freios em cerâmica de série.

 

Além disso, o novo sistema de escape recém-desenvolvido é mais leve cria um som mais encorpado e envolvente, proporcionando uma experiência sonora apaixonante. Para uma condução menos arisca, o modelo conta com diferentes modos de condução que oferecem desde uma dinâmica de condução mais esportiva até uma dirigibilidade mais confortável e com foco na eficiência de consumo de combustível.

 

Estética inigualável

O novo Audi RSQ8 entrega um visual esportivo e marcante, com linhas sinuosas e uma linha de cintura alta que traz imponência ao modelo. O remodelado para-choque dianteiro oferece entradas de ar marcantes, e uma ampla estrutura em favo de mel preto brilhante compõem a grade dianteira singleframe, onde cada célula individual agora é tridimensional, e que já apresenta o logotipo em 2D que integra a nova linguagem visual da Audi globalmente. Na traseira, as duas saídas de escape ovais são as primeiras características distintivas de um modelo RS. No novo Audi RS Q8, a Audi Sport colocou um difusor entre elas, que é dividido ao meio por um refletor, tornando a traseira ainda mais harmoniosa.

 

Interior luxuoso

A cabine do veículo oferece luxo, elegância e sofisticação. A ergonomia é assegurada com comandos e acessos à mão do motorista e passageiros, que viajam com conforto para até cinco ocupantes. O acabamento interno é feito em alumínio escurecido escovado, e o modelo oferece bancos esportivos RS em couro Valcona e desenho diamante. Os revestimentos misturam materiais nobres como couro e Alcantara, enquanto o teto possui revestimento em tecido preto. A soleira do porta-malas é em alumínio e há soleiras de porta com o logotipo RS.                        

 

Equipamentos

O novo Audi RS Q8 oferece uma ampla lista de equipamentos de série. Em relação aos itens de tecnologia e segurança, são oferecidos ACC e lane keeping assist (LKAS) com emergency assist; assistente de troca de faixa e trafego traseiro e exit warning; Audi Pre Sense dianteiro e traseiro; câmera 360°; faróis Full LED Matrix com apresentação de luzes e lanternas traseiras em OLED;  Park assist plus com sensores estacionamento dianteiros e traseiros.

 

Entre os principais itens de conforto e conveniência, estão ar-condicionado automático de 4 zonas; Audi Drive Select; Auto Hold; bancos super-esportivos com ajustes elétricos, memória, aquecimento e ventilação; espelho retrovisor interno com função antiofuscante automático; fechamento das portas servo assistido; Head-up display; Keyless entry; pacote de luzes customizáveis com 30 opções de cores; porta-malas com abertura/fechamento elétrico e sistema hands-free; apoio lombar com ajustes elétricos para bancos dianteiros; e teto solar elétrico panorâmico "Open Sky".

 

O sistema de infoentretenimento conta com sistema de som premium Bang & Olufsen de 730W de potência com som 3D para os bancos dianteiros; MMI Navegação plus com MMI touch response; e Audi Virtual Cockpit Plus com layouts adicionais específicos dos modelos RS.

 

Reforçando a estratégia de livre customização interna e externa sem custos, vários pacotes podem ser adicionados sem custos para tornar o carro ainda mais único, exclusivo e personalizável: Pacotes RS Design com três opções de cores: Cinza, vermelho ou azul - que customizam desde as costuras de bancos e volante, cinto e até tapetes, e "Pacote óptico exterior em preto brilhante incluindo Audi Rings e capa do retrovisor na cor preta. Há ainda diversas opções de rodas de liga leve de 23 polegadas, algumas produzidas por forjamento que dão ao carro uma leve redução de peso e com design que auxilia na refrigeração do sistema de freio, com acabamento em preto, cinza, e neodymio.

 

Além disso, o cliente poderá escolher, de forma livre e sem custo adicional, pinças de freio na cor azul, cinza ou vermelha; capa do espelho retrovisor externo na cor do veículo, preta ou alumínio. Os opcionais com custo adicional são: pintura Audi Exclusive, assistente de Visão Noturna, faróis Digital MATRIX HD com Audi Laser Light, acabamento do painel em carbono, Capa do retrovisor em carbono, e pacote com velocidade máxima de 305 km/h com pneus Pirelli P Zero Performance.

 

Cores e dimensões

Externamente, as dimensões do modelo são 5.022 mm (comprimento), 1.699 mm (altura), 2.998 mm (entre eixos), 2.190 mm (largura). A capacidade do porta-malas é de generosos 604 litros, e a capacidade do tanque de combustível é de 85 litros. O peso total é de 2.515 quilos.

 

As opções de cores disponíveis são  Branco Carrara (sólida); Azul Ascari, Azul Waitomo, Branco Geleira, Bege Gold Sakhir, Prata Satélite, Preto Mito, Vermelho Chili (metálicas); e Cinza Daytona (perolizada). Há ainda a opção de pintura Audi Exclusive nas cores sólida, metálica, perolizada ou cristalizada.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

O Valor do Diálogo e da Compreensão no Relacionamento

O relacionamento entre duas pessoas nunca é um caminho reto e sem curvas. Pelo contrário, ele se assemelha a uma estrada repleta de momentos de alegria, desafios, descobertas e também de pequenas dificuldades. A vida a dois exige muito mais do que apenas sentimentos; exige maturidade, paciência e, acima de tudo, a disposição de somar esforços. É justamente nessa soma que o casal constrói algo maior do que cada um sozinho, criando uma união baseada em confiança, respeito e amor.

Por mais que o amor seja o alicerce de qualquer relação, não é suficiente por si só para mantê-la saudável. Palavras ditas em momentos de irritação ou até mesmo em tom de descuido podem ferir profundamente. Muitas vezes, não é o tamanho da palavra que machuca, mas o impacto que ela causa no coração da pessoa amada. Por isso, o diálogo torna-se essencial: é através dele que os desentendimentos encontram explicação, que os sentimentos são expostos e que o casal encontra um ponto de equilíbrio.

O diálogo verdadeiro não é apenas falar, mas também ouvir. É abrir espaço para que o outro expresse suas dores, inseguranças e desejos, sem julgamentos ou interrupções. Quando um casal aprende a ouvir de forma sincera, ele passa a compreender que a relação não é um jogo de vencer ou perder, mas uma construção mútua em que ambos caminham na mesma direção. É nesse espaço de escuta que surgem as soluções e se evita que pequenos problemas se transformem em grandes barreiras.

A compreensão, por sua vez, é a base do respeito. Compreender é olhar para o outro e enxergar não apenas suas qualidades, mas também suas fragilidades. É aceitar que cada pessoa carrega consigo uma história, uma forma de pensar e de reagir. Quando existe compreensão, os erros deixam de ser motivo para condenação e passam a ser oportunidades de crescimento. O casal que se compreende aprende a transformar cada conflito em aprendizado e cada desafio em motivo de união.

A soma do casal acontece justamente quando cada um entende que não está em uma disputa, mas sim em uma parceria. Ninguém perde quando ambos decidem ceder um pouco, dar um passo atrás para que juntos possam avançar dois passos à frente. O verdadeiro relacionamento não é sobre quem tem razão, mas sobre o que é melhor para os dois. A soma se faz presente quando o amor é fortalecido pela confiança, quando a paciência supera o orgulho e quando a humildade substitui a vontade de vencer discussões.

É importante lembrar que um relacionamento não se constrói apenas nos momentos bons. A vida a dois é feita de fases, algumas leves e felizes, outras mais pesadas e exigentes. É justamente nas fases difíceis que o diálogo e a compreensão se tornam ainda mais indispensáveis. São nessas horas que o casal descobre se está realmente disposto a caminhar junto, a segurar a mão um do outro e enfrentar o que vier.

No fim, relacionar-se é uma escolha diária. É acordar todos os dias e decidir continuar construindo ao lado de quem se ama. É cultivar a paciência mesmo quando o outro erra, é escolher o carinho em vez da indiferença, é usar palavras que curam em vez de palavras que ferem. É entender que duas pessoas imperfeitas podem, sim, criar um relacionamento forte e duradouro quando estão dispostas a se somar.

Portanto, se existe algo que deve permanecer claro em qualquer relação, é que o amor só floresce quando alimentado com diálogo e compreensão. A soma do casal é o que transforma dificuldades em superação, diferenças em complemento e momentos de dor em oportunidades de aproximação. O segredo não é evitar os problemas, mas aprender a enfrentá-los juntos, com respeito, paciência e vontade de permanecer.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Rick Davies, lenda do Supertramp, morre aos 81 anos

O mundo da música perdeu uma de suas vozes mais marcantes. Rick Davies, tecladista, vocalista e cofundador da banda britânica Supertramp, morreu no último dia 6 de setembro de 2025, aos 81 anos, em sua casa em Long Island, Nova York. O músico enfrentava, desde 2015, uma batalha contra um mieloma múltiplo, tipo de câncer que atinge a medula óssea.

Davies fundou o Supertramp no fim da década de 1960, ao lado de Roger Hodgson. Com sua voz grave e marcante e o característico som do piano elétrico Wurlitzer, ele ajudou a criar um estilo inconfundível que misturava rock progressivo, pop, blues e jazz. Entre os sucessos eternizados pela banda estão “The Logical Song”, “Give a Little Bit”, “Goodbye Stranger” e “Take the Long Way Home”.

O auge da carreira veio em 1979, com o álbum Breakfast in America, que vendeu mais de 20 milhões de cópias e garantiu ao grupo prêmios internacionais. Mesmo após a saída de Hodgson, em 1983, Davies manteve o Supertramp ativo, liderando turnês mundiais e lançando discos até o início dos anos 2000.

Em nota oficial, a banda destacou a importância do músico: “Rick foi a alma e o coração do Supertramp. Sua voz e seu toque inconfundível no teclado marcaram gerações. Mais que um colega, foi um amigo e inspiração.”

Nascido em Swindon, Inglaterra, em 22 de julho de 1944, Davies iniciou-se na música ainda jovem, inspirado pelo jazz. Com sua morte, o rock perde não apenas um artista de talento singular, mas também um símbolo da reinvenção musical dos anos 1970.

O legado de Rick Davies permanece vivo nas canções que continuam a embalar rádios, filmes e memórias, lembrando que algumas vozes jamais se calam.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

A Viagem dos Perrengues

Tudo começou em um sábado ensolarado. A ideia era simples: pegar o carro, colocar a família dentro e dirigir até a cidade vizinha para comer aquela famosa galinha caipira. Só que, como toda boa aventura, a nossa começou mal planejada. O carro, um veterano de guerra com mais de vinte anos de estrada, já dava sinais de que não queria sair da garagem.


— Vai tranquilo — disse meu tio, batendo no capô como se fosse um cavalo. — Esse carro nunca me deixou na mão.
Mal sabia ele que o carro estava só esperando a chance certa de se vingar.

Entramos todos: eu no banco de trás, minha prima com a lancheira térmica no colo, e minha avó rezando o terço como se já previsse o desastre. A viagem começou animada, rádio no último volume, todo mundo cantando. Até que, no meio da estrada, o carro começou a tossir.

— Que barulho é esse? — perguntou minha prima, preocupada.
— Isso é música para os meus ouvidos — respondeu meu tio, tentando parecer confiante.

Dois minutos depois, o carro morreu de vez. Silêncio total. O ponteiro da gasolina estava enterrado no vermelho, quase chorando.

— Ah não! — gritou minha avó. — Eu sabia! Esse carro bebe mais do que seu avô no São João!
— Relaxa, é só falta de combustível. A gente empurra até o posto — sugeri otimista.
Olhei em volta: só havia mato, uma estrada deserta e, ao longe, uma vaca nos encarando com cara de poucos amigos. Posto? Nem sombra.

Meu primo, o “atleta” da família, decidiu ir andando até achar gasolina. Saiu cheio de coragem, mas voltou em dez minutos:
— Não achei nada, só a vaca. E ela me seguiu até aqui. Acho que está rindo de mim.

Decidimos ligar para o seguro. A atendente foi simpática, mas logo perguntou o modelo do carro. Quando meu tio respondeu, ouviu-se um silêncio constrangedor do outro lado da linha.
— Senhor… esse carro ainda roda?
— Roda sim, senhora! Quer dizer… rodava.

Sem ajuda do seguro, só nos restava esperar algum conhecido. Depois de quase duas horas, um amigo chegou com um galão de gasolina. Parecia o salvador da pátria. Jogamos o combustível no tanque, o carro ligou, e comemoramos como se fosse gol do Brasil.

Mas a felicidade durou pouco. O carro começou a chiar, depois a tossir, até soltar uma fumaça suspeita.

— Isso é normal? — perguntei.
— Claro! — respondeu meu tio, abrindo o vidro para não morrer intoxicado. — Ele está só esquentando a garganta.

De repente, puff, o carro parou de novo. Foi aí que entrou em cena o mecânico. Mas não qualquer mecânico. Ele chegou de bicicleta, com a caixa de ferramentas amarrada no bagageiro. Cena de filme.

— Boa tarde! — disse ele sorridente, como se não estivéssemos à beira de um colapso. — Vamos ver esse doente aí.
Depois de uns minutos mexendo, amarrando peças com arame e usando fita isolante como se fosse ouro, ele decretou:
— Pronto, está resolvido. Mas recomendo duas coisas: não corram e rezem bastante.

Voltamos para a estrada em silêncio, cada um fazendo sua parte: minha avó rezava, meu primo soprava o motor para não esquentar, e eu segurava firme a lancheira, porque, no fim das contas, só o frango assado parecia confiável naquela viagem.

Chegamos em casa tarde da noite, cansados, cheirando a fumaça e rindo de tudo. A viagem não teve galinha caipira, nem passeio turístico, mas ganhou o título de “A viagem mais engraçada e desastrosa da família”.

E a lição ficou: na próxima, o carro só sai da garagem se antes fizer uma parada obrigatória no posto de gasolina.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Nova República Brasileira – Sequência dos Presidentes

José Sarney – O Primeiro Presidente da Nova República

José Sarney de Araújo Costa, maranhense nascido em 1930, foi o primeiro presidente civil após o regime militar, tornando-se uma figura central no processo de redemocratização do Brasil. Sua chegada ao poder não ocorreu de forma planejada: eleito vice-presidente na chapa de Tancredo Neves, em 1985, acabou assumindo a presidência após a morte de Tancredo, ainda antes da posse. Esse episódio marcou o início da chamada Nova República.

O governo Sarney (1985–1990) enfrentou enormes desafios. O país saía de 21 anos de regime militar, trazia consigo graves problemas econômicos, altos índices de inflação e grande expectativa popular pela volta da democracia. Sarney precisou governar equilibrando pressões políticas, sociais e econômicas, ao mesmo tempo em que simbolizava uma transição delicada entre o autoritarismo e a liberdade política.

Um dos principais feitos de sua gestão foi a Assembleia Nacional Constituinte, instalada em 1987. Sob sua condução, o Brasil elaborou a Constituição de 1988, chamada de "Constituição Cidadã", que ampliou direitos civis, sociais e trabalhistas, consolidou a democracia e estabeleceu bases modernas para o Estado brasileiro. Esse legado é considerado um dos marcos mais importantes de sua presidência.

No campo econômico, Sarney enfrentou um dos períodos mais críticos da história recente. A inflação descontrolada corroía o poder de compra da população, exigindo medidas urgentes. Nesse cenário, o governo lançou o Plano Cruzado em 1986, que substituiu a moeda (cruzeiro pelo cruzado), congelou preços e salários e buscou controlar a inflação. Inicialmente, o plano trouxe entusiasmo e apoio popular, resultando em grandes vitórias eleitorais para o partido de Sarney, o PMDB. Contudo, sem sustentação a longo prazo, a inflação retornou com força, obrigando o governo a lançar outros planos econômicos, como o Cruzado II, o Plano Bresser e o Plano Verão, todos com resultados limitados.

Politicamente, Sarney teve de lidar com um cenário novo: liberdade de imprensa, pluralidade partidária e movimentos sociais fortalecidos após anos de censura e repressão. Ao mesmo tempo, sua trajetória política anterior – como aliado do regime militar – fez com que sua figura fosse vista com certa desconfiança por setores mais progressistas. Ainda assim, conseguiu articular apoios importantes no Congresso e manter a estabilidade política necessária até o final de seu mandato.

Outro ponto marcante foi a realização das primeiras eleições diretas para presidente desde 1960. Em 1989, sob seu governo, o povo brasileiro voltou às urnas para escolher diretamente o chefe do Executivo, algo que simbolizou a consolidação da democracia. Sarney, por força da Constituição, não poderia se candidatar à reeleição, encerrando seu mandato em março de 1990, quando entregou o cargo a Fernando Collor de Mello.

O governo de José Sarney deixou uma herança contraditória: por um lado, o país consolidou a democracia, instituiu uma Constituição moderna e realizou eleições livres. Por outro, enfrentou um cenário de hiperinflação e dificuldades econômicas que marcaram negativamente a vida dos brasileiros naquele período. Apesar das críticas, Sarney é lembrado como o presidente que conduziu o Brasil no delicado processo de transição, garantindo que a mudança do regime autoritário para a democracia acontecesse de forma pacífica e institucional.

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Fernando Collor – O Primeiro Presidente Eleito pelo Voto Direto após a Ditadura

Fernando Collor de Mello, alagoano nascido em 1949, entrou para a história do Brasil como o primeiro presidente eleito pelo voto direto após o regime militar. Sua eleição em 1989 foi um marco, pois representava a volta plena da democracia, quase trinta anos depois da última escolha direta de um presidente. Jovem, com discurso moderno e imagem de renovação, Collor se apresentava como “caçador de marajás”, prometendo acabar com privilégios e combater a corrupção.

Ele assumiu o governo em 15 de março de 1990, em um cenário extremamente difícil. O país sofria com a hiperinflação, que chegava a patamares superiores a 80% ao mês, além de desequilíbrios nas contas públicas e baixo crescimento econômico. Para enfrentar esse desafio, o governo lançou o Plano Collor, que trouxe medidas radicais, como o bloqueio das poupanças e contas correntes acima de um valor estipulado. A ideia era retirar dinheiro de circulação para frear a inflação.

No início, a população ficou atônita, pois milhões de brasileiros perderam o acesso imediato às suas economias. Houve um impacto enorme no comércio, na indústria e na vida das famílias. Apesar de ter conseguido uma queda momentânea da inflação, a medida não teve sustentação a longo prazo, e o país voltou a sofrer com aumentos de preços pouco tempo depois.

No campo político, Collor buscava governar com uma postura centralizadora. Não tinha uma base partidária forte no Congresso e, por isso, enfrentava dificuldades para aprovar projetos e manter apoio. Sua relação com o Legislativo sempre foi marcada por tensões, o que contribuiu para o enfraquecimento de seu governo ao longo do tempo.

Na área internacional, Collor procurou abrir o Brasil para o mundo. Foi o responsável por iniciar a abertura econômica, reduzindo tarifas de importação e incentivando a modernização da indústria nacional. Também teve papel importante em políticas ambientais, sendo o primeiro presidente a dar destaque mundial à questão da preservação da Amazônia.

Apesar de algumas iniciativas inovadoras, Collor acabou envolvido em uma das maiores crises políticas da história do Brasil. Em 1992, denúncias de corrupção envolvendo seu governo ganharam força. Investigações revelaram esquemas de enriquecimento ilícito e favorecimentos a empresários próximos ao presidente.

A pressão popular cresceu rapidamente. Os “caras-pintadas”, movimento estudantil, pediam o impeachment de Collor em manifestações que mobilizaram milhões de pessoas. Diante do processo de impeachment aprovado na Câmara dos Deputados e em andamento no Senado, Collor renunciou em 29 de dezembro de 1992, na tentativa de evitar a cassação. O Senado confirmou sua inelegibilidade por oito anos.

O legado de Collor é marcado por contrastes. De um lado, foi símbolo da volta das eleições diretas e de um país que buscava modernização. De outro, sua gestão ficou marcada pelo trauma econômico do bloqueio da poupança e pelo primeiro impeachment da história republicana brasileira.

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Itamar Franco – O Presidente da Estabilidade e da Transição Econômica

Itamar Augusto Cautiero Franco nasceu em 1930, em Salvador, mas construiu sua carreira política em Minas Gerais. Era vice-presidente de Fernando Collor de Mello e assumiu a presidência em 29 de dezembro de 1992, após a renúncia de Collor durante o processo de impeachment. Sua chegada ao poder foi marcada pela desconfiança inicial, mas sua postura firme, ética e conciliadora acabou devolvendo ao Brasil um período de estabilidade política.

Ao assumir, o país vivia um clima de descrédito. A crise política causada pelo impeachment havia abalado as instituições, a economia estava fragilizada, a inflação continuava descontrolada e a população sofria com a incerteza. Itamar Franco se destacou por governar com simplicidade e por buscar consensos, o que ajudou a recompor a confiança da sociedade nas instituições democráticas.

Uma das marcas de sua gestão foi a formação de um ministério plural, com nomes de diferentes partidos e correntes políticas, o que possibilitou maior diálogo com o Congresso. Itamar ficou conhecido por seu estilo nacionalista e independente, que contrastava com as práticas políticas mais tradicionais.

No campo econômico, seu governo foi fundamental para mudar os rumos do país. Depois de várias tentativas fracassadas de conter a inflação, Itamar apoiou a criação de um novo plano econômico. Para isso, chamou Fernando Henrique Cardoso para o Ministério da Fazenda, que, junto com uma equipe de economistas, elaborou o Plano Real.

O Plano Real, lançado em 1994, foi a medida mais importante de sua presidência. Ele introduziu uma nova moeda, o real, e trouxe mecanismos que finalmente conseguiram estabilizar a economia, reduzindo drasticamente a inflação. Esse feito é considerado um dos maiores legados do governo Itamar, pois deu ao Brasil condições de crescimento e desenvolvimento mais sustentáveis nos anos seguintes.

Além da economia, Itamar também teve postura firme em questões sociais e nacionais. Demonstrava grande preocupação com os interesses do Brasil e não aceitava pressões externas que pudessem comprometer a soberania do país. Seu estilo, por vezes considerado imprevisível, mostrava independência política e autenticidade.

Apesar de governar em um período de dificuldades, Itamar deixou o cargo em 1º de janeiro de 1995, com altos índices de aprovação popular. Sua gestão é lembrada como um governo de transição, que recuperou a confiança da sociedade nas instituições democráticas após a crise do impeachment de Collor e lançou as bases para a estabilidade econômica com o Plano Real.

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Fernando Henrique Cardoso – O Presidente da Consolidação Econômica e da Estabilidade Democrática

Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e professor, nasceu no Rio de Janeiro em 1931 e construiu sua carreira política em São Paulo. Reconhecido como intelectual, foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e se destacou inicialmente como senador e ministro das Relações Exteriores. Porém, foi como ministro da Fazenda que ganhou projeção nacional, ao liderar a equipe que elaborou o Plano Real, responsável por estabilizar a economia brasileira.

O sucesso do plano impulsionou sua eleição à presidência em 1994, em primeiro turno. Fernando Henrique assumiu o governo em 1º de janeiro de 1995, com a missão de consolidar a estabilidade econômica conquistada. Sua gestão marcou um novo momento da Nova República, pautado pela modernização do Estado, abertura econômica e reformas estruturais.

Uma das principais marcas de seu governo foi a privatização de estatais, como a Vale do Rio Doce e empresas de telecomunicações. O objetivo era reduzir o tamanho do Estado, atrair investimentos e modernizar a economia. Essas medidas, embora polêmicas, transformaram setores estratégicos e ajudaram a consolidar o modelo de economia de mercado no Brasil.

No campo social, FHC buscou ampliar programas de combate à pobreza e à desigualdade. Criou políticas como o Bolsa Escola e o Bolsa Alimentação, que mais tarde seriam unificadas no Bolsa Família, além de investir em programas de saúde pública.

Outro ponto de destaque foi a aprovação da emenda da reeleição, em 1997, permitindo ao presidente disputar um segundo mandato consecutivo, sendo reeleito em 1998. Durante seu segundo mandato, o Brasil enfrentou desafios econômicos, como a desvalorização do real, mas conseguiu manter a estabilidade e implementar a Lei de Responsabilidade Fiscal (2000).

No cenário internacional, FHC reforçou relações do Brasil com o Mercosul e buscou maior integração global. Ao deixar o cargo em 1º de janeiro de 2003, encerrou oito anos de governo que marcaram a consolidação da democracia e da estabilidade econômica.

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Luiz Inácio Lula da Silva – O Presidente da Inclusão Social e da Transformação Econômica

Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945 em Caetés, Pernambuco, construiu sua trajetória política como líder sindical e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele foi eleito presidente em 2002, assumindo o cargo em 1º de janeiro de 2003. Sua eleição representou uma mudança significativa, trazendo foco na inclusão social e redução das desigualdades.

O governo Lula começou em um cenário econômico estável, mas com grande desigualdade. Sua estratégia combinou responsabilidade fiscal com políticas de incentivo à população mais pobre, mantendo credibilidade internacional e promovendo programas sociais inovadores.

Entre seus principais legados está o Bolsa Família, que unificou programas de transferência de renda e beneficiou milhões de famílias. O governo também investiu em infraestrutura, agricultura familiar e programas de saúde, educação e habitação.

Durante sua gestão, o Brasil ganhou projeção internacional, participando ativamente de organismos multilaterais, integrando-se ao G20 e defendendo interesses do Sul Global. Politicamente, Lula governou com coalizões amplas e manteve altos índices de aprovação ao longo de seus dois mandatos (2003–2010).

Apesar de desafios e escândalos de corrupção envolvendo aliados, Lula deixou o governo com elevada popularidade, sendo reconhecido nacional e internacionalmente como líder que promoveu avanços históricos na luta contra a desigualdade.

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Dilma Rousseff – A Primeira Mulher Presidente e o Desafio da Governança

Dilma Rousseff, nascida em 1947 em Belo Horizonte, Minas Gerais, construiu sua trajetória política na resistência à ditadura militar e na administração pública. Tornou-se a primeira mulher presidente do Brasil, assumindo o cargo em 1º de janeiro de 2011, sucedendo Lula.

No primeiro mandato (2011–2014), Dilma manteve políticas de inclusão social, ampliou programas de educação e infraestrutura, e buscou equilíbrio entre crescimento econômico e estabilidade macroeconômica.

No segundo mandato (2015–2016), enfrentou recessão, desemprego e alta inflação, além de denúncias de corrupção na Petrobras. O processo de impeachment, baseado nas chamadas pedaladas fiscais, resultou na cassação de seu mandato em 31 de agosto de 2016, gerando intensa polarização política e social.

Apesar disso, Dilma consolidou programas sociais, reforçou a educação e a habitação popular, e permanece como símbolo da participação feminina na política e dos desafios da governança em períodos de crise.

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Michel Temer – O Presidente da Transição e da Governabilidade

Michel Temer, nascido em 1940 em Tietê, São Paulo, assumiu a presidência em 31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff. Seu governo teve como missão principal garantir a estabilidade institucional e a governabilidade, em meio a recessão econômica e crise política.

Temer implementou medidas de ajuste fiscal, como a Emenda Constitucional do Teto de Gastos e a reforma trabalhista (2017), e buscou atrair investimentos e retomar a confiança do mercado. Enfrentou baixa popularidade e denúncias de corrupção, mas conseguiu manter a continuidade administrativa até o final do mandato em 1º de janeiro de 2019.

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Jair Bolsonaro – O Presidente da Polarização e das Mudanças na Agenda Nacional

Jair Bolsonaro, nascido em 1955 em Glicério, São Paulo, foi eleito presidente em 2018 e assumiu o cargo em 1º de janeiro de 2019. Militar de carreira e deputado federal, Bolsonaro trouxe para a presidência uma agenda conservadora, focada em economia liberal, segurança e valores tradicionais, além de um estilo pessoal direto e polarizador.

Durante seu governo, destacou-se a aprovação da reforma da previdência, políticas de privatização e incentivos econômicos, mas também crises sanitárias e ambientais, principalmente na pandemia de COVID-19. Bolsonaro polarizou intensamente a política e a sociedade, marcando seu período com debates sobre democracia, governança e imagem internacional do Brasil.

Ele deixou o cargo em 1º de janeiro de 2023, sendo sucedido por Luiz Inácio Lula da Silva, deixando um legado de reformas econômicas e transformações sociais, mas também de intensa polarização política.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

A Saga 007: O Espião que Nunca Sai de Cena

Poucos personagens do cinema alcançaram o mesmo status icônico que James Bond, o agente secreto britânico mais famoso do mundo. Criado pelo escritor Ian Fleming em 1953, Bond estreou nas telonas em 1962, no filme “007 contra o Satânico Dr. No”, estrelado por Sean Connery. Desde então, a franquia se tornou uma das mais duradouras e lucrativas da história do cinema, com 25 filmes oficiais lançados até hoje e uma mistura de ação, espionagem, glamour e tecnologia futurista que conquistou gerações.

O Agente e Seus Intérpretes

Ao longo de mais de seis décadas, o papel de Bond foi interpretado por diferentes atores, cada um deixando sua marca no personagem.

Sean Connery (1962–1967, 1971 e 1983) deu o tom inicial: sofisticado, sedutor e letal.

George Lazenby (1969) assumiu por apenas um filme, “A Serviço Secreto de Sua Majestade”, considerado por muitos um dos melhores roteiros da saga.

Roger Moore (1973–1985) trouxe mais humor e leveza, estrelando aventuras recheadas de extravagâncias típicas dos anos 70 e 80.

Timothy Dalton (1987–1989) tentou resgatar a seriedade e a dureza do espião, aproximando-o mais do personagem dos livros.

Pierce Brosnan (1995–2002) marcou a era dos efeitos especiais e da globalização, unindo charme clássico com ação moderna.

Daniel Craig (2006–2021) revolucionou o personagem, mostrando um Bond mais humano, vulnerável e emocional, culminando em “Sem Tempo para Morrer”, que encerrou sua trajetória.

Cada ator refletiu o espírito de sua época, adaptando o agente secreto aos novos públicos, sem perder a essência de um homem frio, sofisticado e sempre pronto para salvar o mundo.

Estilo e Fórmula de Sucesso

Os filmes de 007 seguem uma fórmula que, embora adaptada ao longo dos anos, permanece reconhecível:

Aberturas marcantes com músicas-tema compostas por artistas de renome, de Shirley Bassey a Adele.

Vilões excêntricos e memoráveis, como Goldfinger, Blofeld ou Le Chiffre.

Bond Girls, que variam entre interesse romântico, aliadas e adversárias.

A tecnologia apresentada por Q, que vai de relógios explosivos a carros invisíveis.

Sequências de ação espetaculares, filmadas em locações ao redor do mundo.

Esse equilíbrio entre tradição e inovação garante que a franquia se mantenha relevante, mesmo diante das mudanças culturais e tecnológicas.

Impacto Cultural e Futuro

James Bond é mais do que um personagem; tornou-se um ícone cultural. As frases de efeito, o famoso “martini, batido, não mexido” e a introdução clássica “Bond, James Bond” fazem parte do imaginário popular. Além disso, a franquia influenciou inúmeros filmes e séries de espionagem, consolidando um estilo próprio dentro da indústria cinematográfica.

Hoje, após a saída de Daniel Craig, o grande mistério é quem será o próximo intérprete do agente 007. A escolha não apenas definirá o futuro da saga, mas também mostrará como James Bond se adaptará aos novos tempos, em um mundo cada vez mais diverso e exigente em representatividade.

Seja qual for o rumo, uma coisa é certa: James Bond continuará em ação. Afinal, como a própria franquia já mostrou, “o mundo não é suficiente” para limitar o espião mais famoso do planeta.



sexta-feira, 29 de agosto de 2025

A Nova Geração do Rock em Destaque: Quem São e O Que Propõem

O rock continua vivo — não só em seus sucessores clássicos, mas especialmente nas vozes emergentes que trazem novas perspectivas e sonoridades ao gênero. No Brasil e no cenário internacional, jovens cantores e bandas vêm se destacando por sua autenticidade, atitude e capacidade de inovar.

No Brasil: Diversidade e Expressividade em Ascensão

Segundo uma seleção do Musicult, várias bandas e artistas brasileiros vêm se consolidando como referências promissoras na cena rock nacional de 2025:

  • Gradual (Maringá–PR): mistura emo, hardcore melódico e lo-fi alternativo. Seu EP Sobre Todos os Atrasos, lançado em 2024, foi gravado integralmente em casa, proporcionando um som cru e íntimo.

  • Pedro Rui Von: multi-instrumentista e ex-vocalista do duo Devonts, começou carreira solo em 2022 com influências de MGMT e Phoenix. Seu single “Tropical Rain” revela bom humor e ironia em meio a angústias existenciais.

  • nadacontece (Santos–SP): trio formado em 2024, com fusão de emo, shoegaze e post-rock. Seu single “Personagem” trata de reinvenção pessoal em tempos de caos.

  • Angullaris (SP): banda de intenso peso sonoro, que alia letras profundas e estética hardcore com texturas modernas. O single “Tithonus” marcou sua estreia.

  • Wina: cantora e DJ com trajetória de 10 anos, se destaca pela fusão de metal moderno, eletrônico e uma forte presença feminista — impulsionada por sua fase no The Voice Brasil e o projeto Overplugged.

  • Paira (Belo Horizonte): duo que mescla guitarras agressivas e etéreas com batidas que transitam entre indie rock, drum & bass e breakcore eletrizante.

  • Vale Cinza (Nova Friburgo): pós-punk/darkwave, emerge com atmosfera melancólica e estética sóbria, cheia de mistério e densidade emocional.

Outros destaques vêm tomando palco em festivais e circuitos independentes:

  • Maré Tardia (Vila Velha–ES): surf punk alternativo com singles em destaque no Spotify Indie Brasil; lançou o álbum Sem Diversão pra Mim em abril de 2025 e está confirmado no Goiânia Noise Festival.

  • Jovens Ateus (Maringá–PR): pós-punk com EP lançado em 2023 e álbum Vol. 1 em abril de 2025. Foram destaque na lista dos 50 melhores discos brasileiros do 1º semestre pela APCA e atuarão no Goiânia Noise Festival.

  • Malvada: banda 100% feminina, formada em 2020. Já participou de importantes festivais como Rock in Rio e foi indicada ao projeto Future of Music, da Rolling Stone Brasil.

  • The Mönic (SP): ativíssimos desde 2018, com presença em Rock in Rio e Knotfest 2024. Em 2025, abriram shows para Garbage e L7, e foram destaque da APCA em 2023.

No Exterior: Inovação e Reconhecimento Global

Alguns exemplos relevantes do rock emergente internacional:

  • HotWax (Reino Unido): trio alt-rock/post-punk de Hastings, lançou seu álbum de estreia Hot Shock em março de 2025.

  • The Paradox (EUA): banda pop-punk formada em 2024 que rapidamente viralizou nas redes sociais com “Do Me Like That”. Foram abertura para o Green Day na Saviors Tour e tocaram no When We Were Young Festival.

  • Fender Next 2025: programa de fomento que destacou artistas emergentes globais como Horsegirl (Chicago), Lambrini Girls (Reino Unido), Man/Woman/Chainsaw (UK), Flawed Mangoes (EUA), além de representantes do Japão, China, México e Nova Zelândia.

  • Cena digital "indie" emergente: nomes como ayowitty e bunii dirigem uma cena musical experimental que mistura emo, alt-rock e rap, criando uma estética emocionalmente crua e digitalmente impulsionada.

Panorama Geral

Esses artistas representam muito mais do que tendências passageiras: eles incorporam uma nova forma de pensar o rock — íntima, híbrida, digital e autêntica. No Brasil, há uma pluralidade impressionante de estilos — de surf punk e pós-punk a eletro-rock e metal feminista. Internacionalmente, a inovação vem tanto do estímulo institucional (como o Fender Next) quanto da criação orgânica nas plataformas online.

O que chama atenção é a resistência do rock e sua capacidade de se reinventar: enquanto alguns percorrem o caminho da intensidade e do peso, outros transitam por atmosferas introspectivas, ritmos eletrônicos ou formatos híbridos.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Minhas queridas Laura, Krisla, Fernanda e Naiane,

Hoje acordei com o coração apertado e a lembrança de vocês preenchendo cada pensamento. A saudade é uma coisa curiosa… ela machuca, mas ao mesmo tempo aquece, porque só sentimos falta de quem realmente marcou a nossa vida de forma especial.

Cada momento vivido com vocês está guardado como um tesouro dentro de mim: as risadas sem hora para acabar, as conversas que iam da leveza às confidências mais profundas, o companheirismo que sempre encontrei em cada uma. Quando penso em nós, sinto a certeza de que a amizade verdadeira é eterna, mesmo com a distância ou o tempo tentando se colocar no caminho.

Sinto falta da energia de vocês, do jeito único que cada uma tem de transformar qualquer instante em algo memorável. Vocês são parte da minha história, e é impossível não me emocionar lembrando de tudo que já passamos juntos.

Queria poder abraçar cada uma agora e dizer olhando nos olhos: vocês são insubstituíveis. A saudade que sinto não é apenas ausência, é também um lembrete diário de quanto vocês são importantes para eu.

Enquanto esse reencontro não chega, guardo vocês em pensamento e no coração, torcendo para que estejam bem e esperando o dia em que vamos nos encontrar de novo, como se o tempo não tivesse passado.

Com todo o meu carinho e saudade.