Diretora
da AABIC explica como o valor alto do imposto prejudica a renda familiar no
Brasil
No
último dia 30 de setembro, foi encaminhado à Câmara Municipal pelo prefeito de
São Paulo, Fernando Haddad, o Projeto de Lei Orçamentária de 2014, prevendo
ampliação nas receitas dos cofres da cidade de 20,67%, atingindo o total de R$
50,7 bilhões. Uma parte desse aumento se deve a previsão de acréscimo médio ao
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de aproximadamente 24%, mediante a
revisão da Planta Genérica de Valores (PGV) por nova Lei Municipal.
A
advogada e diretora de Locação da AABIC, Moira Regina de Toledo Alkessuani,
explica que como a base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel, sua
revisão implica aumento do imposto. “O projeto de lei que trata da revisão
prevê o acréscimo do tributo para imóveis residenciais em três faixas, 10%, 20%
e 30% e, para os de fins comerciais, até 45%”, diz.
Haddad
defende que está cumprindo a determinação legal e que os valores venais dos
imóveis da capital paulista estão defasados. Porém, para a especialista da
Associação, os contribuintes não suportam elevações de impostos. “Nesse caso,
haveria de se buscar equilíbrio entre a planta de valores genéricos e as
alíquotas tributárias, de acordo com a redução destas, não obstantes uma
oportuna diminuição da máquina pública”, opina Moira.
A
advogada ainda ressalta que neste momento, o aumento no IPTU contraria as
premissas para garantir o desenvolvimento de São Paulo. “Diante da evolução
econômica e social do Brasil na última década, viu-se o declínio da pobreza, o
surgimento de uma nova classe média e a evolução da sociedade como um todo. Com
isso, muitas famílias conseguiram realizar o sonho da casa própria e outras
utilizaram a locação de imóveis. O incremento do imposto poderá impactar o
mercado, necessitando de uma renda familiar maior para a viabilidade do
negócio.”
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