terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Receita do setor de serviços paulista deve ter encerrado 2014 em R$ 613,3 bilhões, aponta FecomercioSP

Na estimativa da Entidade, Estado de São Paulo respondeu por 42,3% de toda a receita do setor de serviços não financeiros do País no ano passado
 
São Paulo, 20 de fevereiro de 2015 - A receita do setor de serviços não financeiros paulista deve ter encerrado o ano de 2014 em R$ 613,3 bilhões, valor que representa 42,3% de toda a receita do setor no País, cuja cifra deve ter atingido R$ 1.449,5 bilhões. As estimativas fazem parte do levantamento elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), ambas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Em relação a 2013, a receita de serviços paulista apresentou crescimento de apenas 5,7%, mais de um ponto porcentual abaixo da inflação medida pelo Índice de Preços de Serviços  (IPS) da FecomercioSP, que encerrou 2014 com alta de 6,86%. A expansão do setor em São Paulo também ficou abaixo da média nacional - crescimento de 6% -, o que fez com que a participação do Estado na receita do Brasil caísse 0,1 ponto porcentual, passando de 42,4% para 42,3%. O leve recuo representa uma perda de quase R$ 2 bilhões de receita em termos nominais. Contudo, mesmo com a queda da participação, São Paulo segue como o Estado brasileiro com a maior receita nominal, seguido por Rio de Janeiro (R$ 201,7 bilhões) e Minas Gerais (R$ 107,9 bilhões).
 
Pelo terceiro ano consecutivo a receita do setor de serviços em São Paulo cresceu abaixo da receita do comércio varejista no Estado. Enquanto a primeira registrou crescimento de 9,2% em 2013 e de 5,7% em 2014, a segunda apresentou expansão de 11,5% e de 7,7% nos mesmos períodos.
 
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o menor crescimento da receita do setor de serviços - em relação ao comércio - pode estar relacionado à inflação elevada, que corrói o poder de compra do consumidor e o leva, muitas vezes, a cortar gastos em serviços e privilegiar a compra de bens essenciais. Segundo a assessoria econômica da Entidade, um bom exemplo é a alimentação. Diante de um cenário de alta dos preços e incertezas em relação ao futuro da economia, o consumidor tende a reduzir as despesas com refeições fora do domicílio e passa a comer mais em casa.
 
Outra característica particular do setor é a relevância da prestação de serviços de empresa para empresa. Ainda de acordo com os assessores econômicos da FecomercioSP, o fraco desempenho da economia e o aumento dos custos levam as empresas a cortar gastos, o que também pode explicar o desempenho relativamente mais fraco do setor de serviços no último ano.
 
Desempenho nacional
Com exceção de Rio de Janeiro e Distrito Federal, todos os Estados registraram desaceleração ou estabilidade da taxa de crescimento da receita nominal do setor de serviços. A Região Centro-Oeste registrou o melhor desempenho do País (10,6%), impulsionada pelo forte crescimento do Distrito Federal (15,8%), enquanto o pior desempenho foi o da Região Norte, puxada pela queda das receitas de Roraima (-0,3%) e do Amapá (-1,2%).
 
 
Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 155 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por 11% do PIB paulista - aproximadamente 4% do PIB brasileiro - e gera cerca de cinco milhões de empregos.

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