Protótipo poderá ficar pronto em dois anos prevê parceiros. Acordo envolve Itaipu,
Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e empresa inglesa Mira.
Em apenas dois anos, o Brasil já terá condições de produzir a
primeira bateria de íons de lítio com tecnologia nacional. O anúncio foi
feito nesta quinta-feira (28), em Foz do Iguaçu (PR), pela diretora
financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, durante a assinatura de um
acordo de cooperação global entre a Itaipu Binacional, Fundação Parque
Tecnológico Itaipu (FPTI) e a empresa inglesa Mira Limited, uma das mais
importantes consultorias mundiais do ramo de pesquisa de veículos
híbridos e elétricos.
Também participaram da cerimônia, no Edifício das Águas, na usina,
o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o diretor-geral da Mira
do Brasil, Armando Canales, e o diretor-superintendente da FPTI, Juan
Carlos Sotuyo.
A parceria tem como objetivo final a instalação, no Parque
Tecnológico Itaipu (PTI), de um centro de excelência para pesquisa de
bateria de lítio, inédito no Brasil. Inicialmente, já a partir da assinatura,
nos primeiros três meses, serão feitos estudos de prospecção junto à
indústria nacional, para definição do modelo de bateria que será adotado.
Produção em escala pela indústria
Escolhido o modelo, a parceria desenvolverá o primeiro protótipo,
que poderá ser levado para produção em escala pela indústria nacional.
“Hoje a bateria de lítio é usada principalmente em veículos e nas
telecomunicações. Queremos desenvolver aqui no PTI uma bateria
escalável, que poderá ser utilizada tanto em veículos elétricos como em
sistemas de armazenamento de energia”, antecipou Margaret Groff.
Página: 1 - Data: 28.05.2015 | Contatos: (45) 3520-5230
Leia mais notícias em: www.itaipu.gov.br
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Siga no Twitter: @usina_itaipu
Outra proposta é criar no País uma rede de serviços de alta
complexidade na área de bateria. “Porque hoje, se você compra uma
bateria [de lítio] no exterior, muitas vezes tem que mandar esse produto
para fazer manutenção fora do Brasil. Queremos prestar esses serviços
aqui, e não no exterior”, reforçou.
Outros modelos já em andamento
A diretora financeira lembrou ainda que Itaipu já desenvolve
estudos com outros modelos de bateria – como as de sódio e de chumbo-
ácido, também para aplicação em veículos elétricos e em sistemas de
armazenamento. “Agora, com a bateria de lítio, estamos escalando alguns
degraus nesse desenvolvimento tecnológico.”
Pioneirismo permitiu parceria
Para Armando Canales, a aproximação da Mira com Itaipu foi
natural. “Achamos que trabalhar em conjunto com Itaipu e o PTI, que são
pioneiros no Brasil no desenvolvimento de veículos elétricos e híbridos, e
também na área de armazenamento de energia, representa o perfeito
casamento de competências para a criação desse centro de excelências”.
Jorge Samek disse que essa parceria representa um passo
importante para a região, que está se tornando um celeiro de tecnologia
com gente capacitada em todas áreas “Isso comprova que os recentes
investimentos no Oeste do Paraná, especialmente em universidades e
centros de pesquisa, já começam a apresentar resultados importantes”,
afirmou. Segundo ele, a parceria com a Mira, uma gigante da tecnologia,
faz parte desse processo. “Se o mundo é global, nossa cabeça também
tem que ser global”, comentou.
Pesquisas de Itaipu
Há mais de um ano, Itaipu desenvolve o Programa de Mobilidade
Inteligente (Mob-i). Além de carros elétricos (28 no total, em Curitiba,
Página: 2 - Data: 28.05.2015 | Contatos: (45) 3520-5230
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Brasília e Foz do Iguaçu), o Mob-i conta com postos para abastecimento
(os eletropostos) e utiliza a plataforma Mobi.me, aplicativo que fornece
em tempo real indicadores como o dinheiro poupado em abastecimento, o
CO2 que deixou de ser emitido na atmosfera e o número de quilômetros
rodados.
Desde 2006, a empresa também lidera, em parceria com várias
companhias do Brasil e do exterior, o Programa Veículo Elétrico (VE).
Neste período, já montou mais de 80 protótipos elétricos, a metade
incorporada à própria frota e o restante destinado para os parceiros do
programa.
As linhas do VE incluem carros de passeio, caminhão, utilitário,
ônibus e até um avião, todos equipados com motor elétrico.
A empresa ainda mantém uma oficina para montagem dos
compactos elétricos modelo Twizy, em parceria com a Renault, e trabalha
no projeto da bateria de sódio nacional, com recursos da Finep e parceria
com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Outro projeto é na área de
armazenamento de energia, em conjunto com o Exército brasileiro.
Mira
A Mira foi criada pelo governo britânico em 1946 para ser referência
na área de pesquisa e desenvolvimento de sistemas para veículos e atua
como uma empresa privada sem fins lucrativos desde 1976. Ela
desenvolve trens de força (motor e transmissão), sistemas de baterias e
faz a integração de sistemas em veículos híbridos e elétricos, contando
com uma das mais modernas pistas de testes do mundo e laboratórios
avançados.
A empresa tem participação em mais de 18 projetos de veículos
híbridos e elétricos e conta, entre seus clientes, com os principais players
do setor. A Mira é responsável, entre outras iniciativas, pelos veículos não
tripulados – dirigidos somente por câmaras e sensores – que estão
circulando no Reino Unido este ano, em caráter experimental.
Página: 3 - Data: 28.05.2015 | Contatos: (45) 3520-5230
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A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a
Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável,
tendo produzido, desde 1984, mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica
é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a energia
consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem
como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com
responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento
econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A
empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora
de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as
melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o
desenvolvimento sustentável e a integração regional”.
Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e empresa inglesa Mira.
Em apenas dois anos, o Brasil já terá condições de produzir a
primeira bateria de íons de lítio com tecnologia nacional. O anúncio foi
feito nesta quinta-feira (28), em Foz do Iguaçu (PR), pela diretora
financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, durante a assinatura de um
acordo de cooperação global entre a Itaipu Binacional, Fundação Parque
Tecnológico Itaipu (FPTI) e a empresa inglesa Mira Limited, uma das mais
importantes consultorias mundiais do ramo de pesquisa de veículos
híbridos e elétricos.
Também participaram da cerimônia, no Edifício das Águas, na usina,
o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o diretor-geral da Mira
do Brasil, Armando Canales, e o diretor-superintendente da FPTI, Juan
Carlos Sotuyo.
A parceria tem como objetivo final a instalação, no Parque
Tecnológico Itaipu (PTI), de um centro de excelência para pesquisa de
bateria de lítio, inédito no Brasil. Inicialmente, já a partir da assinatura,
nos primeiros três meses, serão feitos estudos de prospecção junto à
indústria nacional, para definição do modelo de bateria que será adotado.
Produção em escala pela indústria
Escolhido o modelo, a parceria desenvolverá o primeiro protótipo,
que poderá ser levado para produção em escala pela indústria nacional.
“Hoje a bateria de lítio é usada principalmente em veículos e nas
telecomunicações. Queremos desenvolver aqui no PTI uma bateria
escalável, que poderá ser utilizada tanto em veículos elétricos como em
sistemas de armazenamento de energia”, antecipou Margaret Groff.
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Outra proposta é criar no País uma rede de serviços de alta
complexidade na área de bateria. “Porque hoje, se você compra uma
bateria [de lítio] no exterior, muitas vezes tem que mandar esse produto
para fazer manutenção fora do Brasil. Queremos prestar esses serviços
aqui, e não no exterior”, reforçou.
Outros modelos já em andamento
A diretora financeira lembrou ainda que Itaipu já desenvolve
estudos com outros modelos de bateria – como as de sódio e de chumbo-
ácido, também para aplicação em veículos elétricos e em sistemas de
armazenamento. “Agora, com a bateria de lítio, estamos escalando alguns
degraus nesse desenvolvimento tecnológico.”
Pioneirismo permitiu parceria
Para Armando Canales, a aproximação da Mira com Itaipu foi
natural. “Achamos que trabalhar em conjunto com Itaipu e o PTI, que são
pioneiros no Brasil no desenvolvimento de veículos elétricos e híbridos, e
também na área de armazenamento de energia, representa o perfeito
casamento de competências para a criação desse centro de excelências”.
Jorge Samek disse que essa parceria representa um passo
importante para a região, que está se tornando um celeiro de tecnologia
com gente capacitada em todas áreas “Isso comprova que os recentes
investimentos no Oeste do Paraná, especialmente em universidades e
centros de pesquisa, já começam a apresentar resultados importantes”,
afirmou. Segundo ele, a parceria com a Mira, uma gigante da tecnologia,
faz parte desse processo. “Se o mundo é global, nossa cabeça também
tem que ser global”, comentou.
Pesquisas de Itaipu
Há mais de um ano, Itaipu desenvolve o Programa de Mobilidade
Inteligente (Mob-i). Além de carros elétricos (28 no total, em Curitiba,
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em tempo real indicadores como o dinheiro poupado em abastecimento, o
CO2 que deixou de ser emitido na atmosfera e o número de quilômetros
rodados.
Desde 2006, a empresa também lidera, em parceria com várias
companhias do Brasil e do exterior, o Programa Veículo Elétrico (VE).
Neste período, já montou mais de 80 protótipos elétricos, a metade
incorporada à própria frota e o restante destinado para os parceiros do
programa.
As linhas do VE incluem carros de passeio, caminhão, utilitário,
ônibus e até um avião, todos equipados com motor elétrico.
A empresa ainda mantém uma oficina para montagem dos
compactos elétricos modelo Twizy, em parceria com a Renault, e trabalha
no projeto da bateria de sódio nacional, com recursos da Finep e parceria
com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Outro projeto é na área de
armazenamento de energia, em conjunto com o Exército brasileiro.
Mira
A Mira foi criada pelo governo britânico em 1946 para ser referência
na área de pesquisa e desenvolvimento de sistemas para veículos e atua
como uma empresa privada sem fins lucrativos desde 1976. Ela
desenvolve trens de força (motor e transmissão), sistemas de baterias e
faz a integração de sistemas em veículos híbridos e elétricos, contando
com uma das mais modernas pistas de testes do mundo e laboratórios
avançados.
A empresa tem participação em mais de 18 projetos de veículos
híbridos e elétricos e conta, entre seus clientes, com os principais players
do setor. A Mira é responsável, entre outras iniciativas, pelos veículos não
tripulados – dirigidos somente por câmaras e sensores – que estão
circulando no Reino Unido este ano, em caráter experimental.
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A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a
Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável,
tendo produzido, desde 1984, mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica
é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a energia
consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem
como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com
responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento
econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A
empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora
de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as
melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o
desenvolvimento sustentável e a integração regional”.
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