Linha pró-cotista oferece as melhores taxa de juros
fora do financiamento do Minha Casa Minha Vida
Voltada
para os mutuários trabalhadores que tenham mais de três anos de vínculo com o
FGTS e não possuam no local de residência ou de trabalho outro imóvel em seu
nome, a linha pró-cotista, que havia sido suspensa em junho do ano passado, é
uma das mais baratas do país. Com taxa de juros que varia de 7,85% a 8,85% ao
ano, permite a liberação de até 80% do valor do imóvel novo ou 70% do valor do
imóvel usado.
De
acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira dos Mutuários da
Habitação (ABMH) em Pernambuco, Felipe Borba Britto Passos,
além dessas regras, também deve-se observar que o limite do valor do imóvel
varia dentro do território nacional. “Não podendo ter valor superior a R$ 950
mil para os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, além do
Distrito Federal, e R$ 800 mil para os demais estados”, completa.
No
ano de 2017, foi disponibilizado para Caixa R$ 6 bilhões para atender as
demandas pendentes e as novas demandas, conforme Felipe Borba Britto Passos.
“O valor se esgotou em meados do ano passado, tendo ficado suspensos os contratos
pendentes de assinatura, além de ter sido interrompida a contratação de novos
financiamentos por esta modalidade. Para o ano de 2018 foi liberada a quantia
de R$ 4 bilhões, que representa 35% a menos que no ano passado”, observa.
De
qualquer forma, por um lado, a medida merece comemoração, já que a linha
pró-cotista é muito importante para fomentar o mercado. “Ela atinge uma classe
regular (trabalhador formal com contribuição ao FGTS) e oferece condições
extremamente vantajosas para quem deseja adquirir imóveis de valor
consideravelmente elevado, com taxa de juros bastante atraentes, se comparadas,
por exemplo, com a linha de financiamento com recursos da poupança”, explica o diretor
da ABMH.
Por
outro lado, Felipe
Borba Britto Passos diz que a notícia deve ser encarada
com cautela. Isso porque, infelizmente, há cerca de três anos, o pró-cotista
tem sido um problema para os mutuários, pois é cada vez mais comum terminar o
crédito antes do prazo previsto. “E essa bola de neve parece não ter fim, uma
vez que as novas suplementações, em valor menor como a que ocorre nesse ano de
2018, podem não ser capazes de atender os contratos pendentes e as novas
demandas dos mutuários candidatos a financiamento. Assim, com uma nova ausência
de recursos, as vendas de imóveis tendem a se manter em um patamar baixo ou até
mesmo diminuir, já que falta recurso.”
Por
isso, antes de adquirir um imóvel, é importante que o mutuário, caso tenha
direito ao financiamento pró-cotista, faça a análise de crédito previamente,
busque junto ao gerente habitacional da Caixa informações sobre os recursos do
pró-cotista e da viabilidade de se concretizar o negócio para evitar maiores
problemas. “Isso porque um financiamento não assinado dentro da linha
pró-cotista gera duas situações: rescisão da promessa de compra e venda ou
assinatura de financiamento em outra modalidade muito menos benéfica. Em ambas
as situações, quem perde é o comprador, seja porque pode ter de arcar com uma
penalidade contratual, ou com um financiamento mais caro”, esclarece o diretor
da ABMH.
Portanto,
considerando esse histórico recente da linha pró-cotista, bem como a liberação
de menos recursos do que o ano passado, antes de fechar um negócio, o conselho
de Felipe
Borba Britto Passos é não se esquecer de se certificar
de que há recursos disponíveis para o seu financiamento e que o mesmo será
devidamente liberado.
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