No período, melancia e passagem aérea
apresentaram as maiores altas de preços
A inflação de serviços e produtos voltou a
subir no mês de setembro no comércio varejista na região metropolitana de São
Paulo, segundo os indicadores da Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O Índice de Preços de Serviços
(IPS) aumentou 0,64% e o Índice de Preços do Varejo (IPV) subiu 0,23% em
relação a agosto. O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), que analisa o
conjunto de preços dos produtos e dos serviços, apresentou alta de 0,43%.
A
alta do CVCS foi a maior desde abril deste ano, quando o indicador havia
registrado crescimento de 0,44%. Para a FecomercioSP, não há indícios de que
este seja um comportamento preocupante, mas de oscilações ocasionadas por
ajustes de preços. As altas mais contundentes do CVCS estão centralizadas em
três grupos: Transportes (+0,74%), Habitação (+0,53%) e Alimentação e bebidas
(+0,39%). Eles somados representam a maior parte do aumento constatado em
setembro, enquanto os demais oscilaram dentro de um patamar mais moderado. A
maior alta nos preços foi sentida pela Classe D (+0,53%), com renda de R$
976,59 a R$ 1.464,87. No acumulado de 12 meses, a inflação registrada sobre o
conjunto de produtos e serviços foi de 5,52%.
Dentre
os produtos, a elevação ocorreu em razão do aumento notado em Habitação
(+1,39%) e Alimentos e bebidas (+0,45%). O item que sofreu a maior valorização
foi a melancia (+11,39%). No mês, a classe A (com renda acima de R$ 12.207,24)
foi a mais afetada, com alta de 0,31%. Nos últimos 12 meses, a inflação sobre
produtos foi de 5,40%.
Já
o aumento dos preços sobre serviços, os responsáveis pela pressão foram os
grupos Transportes (+2,51%), Saúde e cuidados pessoais (+0,79%) e Habitação
(+0,27%). O maior aumento nos preços foi constatado nas passagens aéreas
(+20,12%). A classe social mais atingida pela alta foi a D (+1,01%). Em 12
meses, a inflação sobre serviços foi de 5,64%.
Metodologia
O
Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de
Serviços (IPS) e Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contemplam as cinco faixas de
renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de
preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A
estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo
obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O
IPS avalia 66 itens de serviços e o IPV, 181 produtos de consumo.
As
faixas de renda variam de acordo com os ganhos familiares: até R$ 976,58 (E);
de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 (D); de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33 (C); de R$
7.324,34 a R$ 12.207,23 (B); e acima de R$ 12.207,24 (A). Esses valores foram
atualizados pelo IPCA de janeiro de 2012. Para cada uma das cinco faixas de
renda acompanhadas, os indicadores de preços resultam da soma das variações de
preço de cada item, ponderadas de acordo com a participação desses produtos e
serviços sobre o orçamento familiar.
Sobre a
FecomercioSP
A
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
(FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio
e serviços. Responsável por administrar, no Estado, o Serviço Social do
Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac),
representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de
atividades empresariais de todos os portes e congrega 154 sindicatos patronais
que respondem por 11% do PIB paulista - cerca de 4% do PIB brasileiro -,
gerando em torno de cinco milhões de empregos.
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