Diversas reclamações, falta de comprometimento e resultados em baixa são alguns dos fatores
Segundo conselheiro da STATO,
Marcelo Necho, há uma geração de profissionais no mercado que
compromete não somente o seu futuro, como o destino de muitas empresas.
Classificados por ele como “geração mimimi”, são identificados
resumidamente pelo alto índice de reclamações, falta de protagonismo e
baixo índice de resultados.
“Muito
se fala sobre geração Y, Z, etc. Mas o que eu observo no ambiente de
trabalho é muito jovem com ótima formação e pouca garra para o trabalho
que tem que ser feito. Muito talento, estudo, mas pouca resiliência.
Querem dar ordens, ganhar salários astronômicos, mas são pouco
realizadores. Suas ações ficam no campo das ideias – que muitas vez são
geniais, é verdade, mas acabam não sendo concretizadas, por não serem
bons executores. São essas pessoas que eu defino como geração mimimi”,
afirma o consultor, que estudou construção e gestão de empresas no curso
para presidentes da Harvard Business School.
Com
vasta experiência na direção e liderança de empresas – entre elas a
Graber, do setor de segurança – Necho avalia que a interpretação do que é
preciso para ser um bom profissional está deturpada na cabeça dessa
geração. “Pra pensar fora da caixa, primeiro precisa ter a caixa, certo?
Aí você sai dela. Estão se esquecendo de fazer o básico. São esses os
alicerces de qualquer negócio. Mas isso não se aprende na faculdade, se
aprende na vida. Por isso, essa geração precisa parar de reclamar e
arregaçar as mangas, fazer o que tem que ser feito. Se seguirem do jeito
que estão, dificilmente se tornarão líderes”.
Outro
ponto destacado por Necho são os processos das empresas, que muitas
vezes colaboram e até incentivam esse tipo de comportamento. “Nota-se
que uma abundância de processos, reuniões e relatórios nas organizações
acabam desenvolvendo ainda mais a falta de objetividade dessa geração.
Usam uma série de tecnologias para justificar a ausência de resultados,
não para alcançá-los. Isso sem falar das reuniões que reúnem, mas não
resolvem. É óbvio que a estrutura burocrática de muitas empresas não
apenas facilita a permanência destes profissionais, como também os
alimentam”, afirma o especialista de forma categórica.
Momento é de resiliência
Segundo
a diretora da área de transição de carreira da STATO, Lúcia Costa, com a
recessão econômica, quem for buscar uma nova colocação ou tiver planos
de progredir na carreira deve ter em mente que o momento é de
resiliência, produtividade e protagonismo. “Chegou a hora de parar de
culpar o chefe ou a empresa, o cenário político/econômico, o colega de
trabalho e a falta de tempo pelos resultados não atingidos. É hora de se
apropriar da própria capacidade de reverter à crise a seu favor. O
mundo corporativo nem sempre é justo, mas quem se dedica supera isso e
vence, mais cedo ou mais tarde. Isso é um movimento do próprio mercado,
que mais do que nunca quer o melhor serviço pelo melhor preço”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário