quinta-feira, 29 de março de 2018

Oftalmologista explica sobre prazo de validade dos óculos

Atraso na hora de trocar as lentes prejudicam principalmente as crianças



Incômodos como falta de nitidez, sensação de cansaço quando há um esforço visual mais prolongado, dores de cabeça e oculares e lentes com riscos e manchas são sinais de que os óculos estão com o prazo de validade vencido. Para evitar desconfortos, é preciso estar atento e não perder a hora de trocar os óculos ou ajustar o grau das lentes. Já nas crianças, qualquer desajuste ou má qualidade dos óculos pode prejudicar diretamente o desenvolvimento visual, que acontece até por volta dos 10 anos.

“Quando mesmo com os óculos a visão não é tão nítida, quando não conseguimos ficar muito tempo numa atividade na qual a distância de leitura ou esforço visual são mais prolongados, quando começamos a ter cefaleias ou dores nos olhos aos esforços visuais ou quando as lentes estão riscadas ou as que possuem algum tratamento, como antirreflexo, apresentam manchas ou perda da transparência. Todos esses são sinais de que chegou a hora de trocar os óculos”, alerta a oftalmologista, Cláudia Benetti, do Centro de Cirurgia Oftalmológica, de Campinas. A recomendação é que se visite o médico periodicamente a cada 12 meses para acompanhamento e ajuste.

Ela destaca, no entanto, que nos adultos, os graus inadequados ou desatualizados levam ao desconforto e ao cansaço, mas que não interferem na progressão ou regressão do grau. “No adulto, os óculos são conforto visual, já nas crianças, como a visão ainda está em desenvolvimento, a qualidade óptica das lentes e sua exata prescrição interferem diretamente nesse processo de formação visual, que acontece até os 10 anos de idade. A visão ficará prejudicada permanentemente, por isso, é preciso ter óculos bem ajustados, bem prescritos, com excelente qualidade ópticas das lentes”, completa Cláudia.

Óculos de farmácia
A profissional alerta ainda sobre uso dos óculos comprados em farmácias e que acabam passando de um socorro provisório para algo permanente muitas vezes.  “As pessoas compram numa situação de emergência, mas acabam usando para sempre. Esses óculos não costumam ter a mesma qualidade óptica como das lentes feitas em laboratórios. Além disso, não tem, geralmente, os graus apropriados, pois dificilmente temos os mesmos graus nos dois olhos”, explica a oftalmologista. As distorções e aberrações de lentes de baixa qualidade, como nesses casos, podem favorecer o cansaço nas atividades diária, provocando cefaleias e baixo rendimento laboral.

Dra. Cláudia Benetti
Médica formada pela PUC-Campinas, especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), pós-graduada em Medicina Chinesa e Acupuntura pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e pós-graduada em Medicina Integrativa pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

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